segunda-feira, 21 de março de 2011

Novidades

O Universo ... A incrível diferença de escala entre o pequeno mundo em que vivemos a cada dia e a vastidão de todos os tempos e do espaço suscita a questão de saber se algum dia seremos capazes de compreender a plenitude do cosmos. Mas isso não nos impede de tentar. Na verdade, contemplando grandes incógnitas é um dos mais antigos passatempos na experiência humana.
Talvez nunca venhamos a entender o universo inteiro, mas podemos se apreciar o fato de que ele é tão complexo que nos escapa. Ai está uma lista dos maiores mistérios do universo:


Vida Extraterrestre





Este é realmente um mistério simples. Existe vida inteligente lá fora no universo? Carl Sagan nos lembra que, dada a forma como o universo é enorme, temos de termuitos vizinhos por aí. Frank Drake, um astrofísico, criou uma equação que ajuda a descobrir o quanto a vida inteligente que existe no universo, e estima-se que se apenas uma em um bilhão de planetas tem vida inteligente, então ainda deve haver mais de 6 bilhões de planetas com inteligência sobre elas . Enrico Fermi, no entanto, ressaltou que se a vida é tão comum, então é virtualmente impossível que ainda não detectou quaisquer sinais de vida inteligente no universo.





A Explosão em Tunguska: Meteoro ou alienígenas?


Em junho de 1908, algo explodiu sobre uma região de mata no Vale do rio Tunguska, na Sibéria, Rússia. Moradores milhas de distância vi algo raiaazul brilhante em direção à área e explodir com uma força incrível, suficientepara registrar em instrumentos na Inglaterra. Depois de exame do local mostrouque as árvores haviam sido derrubadas em um padrão radial de um ponto central, o que indica uma explosão de ar de algum tipo. Para este dia, os cientistas não tem certeza do que era, e geralmente a figura que era um meteoro ou um fragmento de um cometa. Alguns acreditam que foi uma nave espacial que caiu na Terra. Se a explosão foi causada por um meteoro, porque não se abriu uma grande cratera em Tunguska? Isso é algo que até hoje os cientistas não conseguem explicar.O evento causou mudanças no campo magnético no nosso planeta. Pesquisador dizem que o objeto fez uma curva que um objeto que estivesse em rota de colisão com a Terra não faria, o que levanta ainda mais a suspeita de que o se chocou com a Terra fosse um objeto controlável. Foi descoberto também no local na explosão a presença de metal radioativo, incomum em cometas ou meteoros.










Antimatéria

A teoria mais aceita para a criação do universo é a do Big Bang que diz que tudo se iniciou numa grande expansão. Nos primeiros instantes o universo não era constituído por matéria, mas sim por energia sob forma de radiação. O universo então passou a expandir-se e, consequentemente, a arrefecer. Pares de partícula-antipartícula eram criados e aniquilados em grande quantidade. Com a queda de temperatura a matéria pôde começar a formar hádrons, assim como a antimatéria a formar antihádrons, pois matéria e antimatéria foram criadas em quantidades iguais. Atualmente, no entanto, parece que vivemos em um universo onde só há matéria. O que aconteceu, então, à antimatéria que foi criada em associação a esta matéria?
Na realidade, já é estranho que o universo exista, pois, quando a matéria e a antimatéria se encontram, o processo inverso da criação ocorre, ou seja, elas anulam-se gerando apenas energia nesse processo. Seria altamente provável, portanto, que logo após terem sido criadas, partículas e antipartículas se anulassem, impedindo que corpos mais complexos como hádrons, átomos, moléculas, minerais e seres vivos pudessem formar-se. Acredita-se que esse processo de criação e aniquilação realmente ocorreu para quase toda a matéria criada durante o início da expansão do universo, mas o simples facto de existirmos indica que ao menos uma pequena fração de matéria escapou a esse extermínio precoce.
É possível que algum processo, de origem desconhecida, tenha provocado uma separação entre a matéria e a antimatéria. Neste caso existiriam regiões do universo em que a antimatéria e não a matéria seria mais abundante. Planejam-se algumas experiências no espaço para procurar essas regiões. No entanto, como até hoje não se conhece um processo capaz de gerar tal separação, a maioria dos cientistas não acredita nessa hipótese.
Por outro lado, existe a possibilidade de que a natureza trate de forma ligeiramente diferente a matéria e a antimatéria. Se isto for verdade, seria possível que uma pequena fração da matéria inicialmente criada tenha sobrevivido e formado o universo conhecido hoje. Há resultados experimentais e teóricos que apontam nesta direção.

Buracos Negros
O que aconteceria se você caísse no interior de um buraco negro?
É possível saber o que há lá dentro? É mesmo um caminho sem volta?
Por Salvador Nogueira


Como até hoje ainda não há consenso sobre o que acontece no ponto central desses objetos, os cientistas costumam varrer o tema para baixo do tapete. Afinal, buracos negros não parecem seguir a lógica do Universo em que vivemos. A rota que leva ao seu interior é um caminho sem volta. Mas, afinal, o que é um buraco negro?



Fonte da Imagem: NASA
Em 1916, o físico alemão Karl Schwarzschild usou a Teoria da Relatividade Geral para entender o que acontecia em torno de objetos muito densos, como as estrelas. Ele concluiu que, se a massa de uma estrela pudesse ser suficientemente compactada, haveria um ponto em que a velocidade de escape daquele objeto seria tão alta que nada conseguiria escapar dele – nem mesmo a luz. Como, pela Teoria da Relatividade, é o traçado da luz que determina a geometria do Universo, o fato de haver uma região da qual um raio de luz não consegue escapar indica que ali há um buraco no próprio tecido do espaço-tempo do Universo.

Ou seja, um buraco negro. Até aí, era só uma brincadeira teórica. O próprio Einstein sempre levou isso na boa, pois não podia imaginar que o Universo fosse cheio de buracos. Em 1939, ele chegou a escrever um artigo repudiando a possibilidade de que esses fenômenos existissem. Mas acontece que Einstein também errava.


Os astrofísicos descobriram que estrelas com muita massa, quando chegam ao fim de sua vida, implodem o seu núcleo. A matéria é comprimida a tal ponto pela ação gravitacional que o tamanho do objeto fica menor que o chamado “raio de Schwarzschild”, e o resultado é o nascimento de um buraco negro.

Essa foi uma descoberta surpreendente – o Cosmos é, de fato, esburacado. Hoje sabemos que existem vários buracos negros gerados por estrelas mortas e no núcleo de cada galáxia de médio ou grande porte. Muito bem. Mas o que acontece no interior desse objeto? Segundo a relatividade, a massa é comprimida até um ponto infinitamente denso, quente e pequeno – chamada de singularidade.


O que resultaria daí, ainda é tema de várias hipóteses. De acordo com o físico americano Lee Smolin, cada buraco negro seria um ponto de partida para o nascimento de um novo Universo, muito parecido com o nosso. Pode ser uma idéia maluca, mas, convenhamos, a descrição da singularidade do buraco negro é muito parecida com a do estágio inicial do nosso Universo, o famoso big-bang.

Caso ele esteja correto, é possível que o buraco negro, ao menos no instante exato de sua formação, abra caminho para um Universo-bebê. A questão que fica é: podemos ir até lá? Por enquanto, a resposta da ciência é a de que podemos – contanto que aceitemos ser despedaçados. Como, antes de cair nele, temos de nos aproximar dele, a velocidade que ganharíamos nesse processo seria tão grande que viraríamos farinha antes de atravessá-lo.

É isso que acontece o tempo todo com estrelas que estão para cair num desses devoradores, cujas massas são aceleradas tão intensamente que deixam rastros de raios X – a deixa para que os cientistas detectem um buraco negro.


Pondo de lado essa limitação, suponhamos que pudéssemos atravessá-lo até perto do seu núcleo, protegidos por uma espaçonave. O que aconteceria? Segundo o físico britânico Freeman Dyson, passaríamos a fronteira sem sentir sequer um solavanco. Entretanto, um observador externo que nos visse caindo teria uma percepção bem diferente – é a relatividade em ação. “Se nos imaginássemos caindo em um buraco negro, nossa percepção de tempo e espaço estaria desvinculada do tempo e espaço de um observador que nos acompanhasse de fora”, diz Dyson. “Enquanto nos veríamos caindo suavemente no buraco sem qualquer desaceleração, o observador externo nos veria cair indefinidamente sem jamais tocar o fundo.”


Tempo


Você acha que sabe o que é o tempo? Ok, tentar defini-lo sem usar os termos que dependem do tempo. O tempo é ... bem, é hora. É o que mantém todos os eventos aconteçam simultaneamente, e é o que distingue uma coisa que aconteceu no passado de algo que vai acontecer no futuro. É uma dimensão, como o espaço? É uma qualidade da matéria? É apenas uma ilusão, possivelmente criado para impulsionar as vendas de relógios digitais?


O tempo não é o mesmo para todos nem em todos os lugares. Imagine uma viagem para o espaço, você saí daqui no dia 10 de Janeiro de 2009 com 22 anos de vida. Ao abandonar a Terra, você viaja pelo espaço durante alguns dias, e é sugado por um Buraco Negro. Supõe-se que dentro de um Buraco Negro, o tempo passa muito mais devagar do que na Terra, mas para você, é impossível perceber isso, você pensa que o tempo está normal, mas ao conseguir escapar do Buraco Negro e voltar a Terra, você descobre que já se passaram vários anos lá, as pessoas estão bem mais velhas, e você continua com os seus 22 anos, porém no ano de 2015.





O que existia antes do Big Bang?


Assim que tudo começou, as coisas aconteceram muito rápido. Antes que a criação tivesse 1 segundo, surgiu a gravidade, o Universo se expandiu de uma forma inacreditavelmente rápida e surgiram as sementes que depois dariam origem às galáxias. A partir de 1 segundo da criação, e pelos 300 mil anos seguintes, os fótons dominam o espaço. Depois, começam a surgir os átomos de hélio e hidrogênio.


Elementos que formam os seres humanos, como o carbono e o oxigênio, só surgiram muito tempo depois, sintetizados no interior de estrelas moribundas. E assim a Teoria do Big-Bang consegue explicar, com um grau de confiabilidade razoável, a infância remota do Universo. Mas antes do marco zero, o que existia quando o Universo ainda não tinha sequer começado?


“A resposta mais honesta é: não sabemos”, diz o físico João Steiner, professor da USP. “O big-bang deu origem a tudo, inclusive ao espaço e ao tempo. Quer dizer, antes disso existia algo que só podemos chamar de nada.” Esqueça, então, aquelas imagens que de vez em quando você vê em filmes, em que um vasto espaço escuro é preenchido por uma explosão. Não havia matéria, não havia espaço, não havia tempo, não havia nada.


A Teoria da Relatividade prevê que, nesse instante zero, a densidade teria sido infinita. Para entender essa situação, seria preciso unificar a relatividade e a mecânica quântica, coisa que ninguém ainda conseguiu fazer.


Algumas teorias não consideram que, antes do Universo, o que havia era o nada. Para o cosmologista americano Alan Guth, o Universo pré-Universo era um ambiente em que partículas de cargas opostas se anulavam o tempo todo, até que um dia uma delas desequilibrou o sistema e soltou a faísca que iniciou a cadeia de produção de tudo o que conhecemos.


Em 1969, o físico americano Charles Misner sugeriu a tese da criação a partir da desordem. Antes do nosso Universo isotrópico, em que a geometria é a mesma em todas as direções, haveria um outro mundo de caos. Uma terceira tese, defendida por muitos cientistas, é a de que o Universo é cíclico. Ele começa com um big-bang, cresce, atinge o auge, começa a diminuir, desaparece num big crunch e começa tudo de novo. Acontece que, desde 1998, sabemos que o Universo permanece se expandindo sem parar, o que comprometeria a base dessa teoria.


Há quem diga que nosso Universo não é único. Alan Guth tem uma sugestão curiosa: logo depois do primeiro big-bang, o Universo seria composto de uma espécie de falso vácuo, cheio de bolhas recheadas de quintilhões de prótons e elétrons. Cada uma delas teria sofrido um big-bang e dado início ao respectivo Universo.


Existiria um Universo primordial, que daria origem a universos-filhos. Mas como foi que o primeiro deles surgiu? Não sabemos. “Essa hipótese apenas explica o nosso próprio Universo e joga para debaixo do tapete o que existia antes do marco zero”, diz o professor Steiner. “A verdade é que, atualmente, o big-bang é o limite seguro da ciência. Qualquer tentativa de avançar além disso é especulação.”


Onde teve lugar o Big Bang?

A resposta é: em todo o lado. Siga o guia. A luz viaja a 299 792 458 metros por segundo. Nem um a mais, nem um a menos. Assim, ela traz-nos aos olhos a imagem dos objetos que nos rodeiam com um certo tempo de atraso. Por exemplo, Alfa de Centauro, a estrela mais próxima de nós, encontra-se a 4 anos-luz. O que significa que a luz viajou durante quatro anos para nos trazer a imagem de Alfa de Centauro. Vemos portanto hoje essa estrela tal como era há quatro anos. Assim, se ela explodir hoje, só viremos a sabê-lo daqui a quatro anos.
Puxemos pelo raciocínio. Quanto mais longe olharmos no espaço, mais longe veremos no tempo. O que se passará se olharmos a 15 mil milhões de anos-luz? Deveríamos ver o que se passou nesse momento, isto é: deveríamos ver o Big Bang no seu início! E isso em todas as direções. Em teoria, estamos cercados pela imagem desse instante fatídico: o Big Bang estende-se em todo o fundo celeste!

Na prática isso não funciona porque na sua infância o Universo era opaco. Foi só ao fim de 300 000 anos que se tornou transparente. Temos já a imagem desse momento: é a famosa radiação a 3K apreendida pelo satélite COBE. Por detrás dessa radiação, não podemos ver nada, há como que um muro de brumas: é o limite do Universo observável. Nunca saberemos do que se passa por trás desse muro, quaisquer que sejam os progressos dos telescópios.
O instante zero está então escondido para sempre. É consequentemente inútil tentar procurar o «lugar» do céu onde teve lugar Big Bang. Com efeito, todos os lugares que hoje nos parecem muito afastados uns dos outros constituíam na sua origem o mesmo lugar. Nesse sentido, nós continuamos sempre DENTRO do Big Bang.


O Universo observável hoje é uma esfera de 15 mil milhões de anos-luz de raio, centrada sobre nós. As zonas mais longínquas que podemos observar apareceram 300 000 anos após o Big Bang, no momento em que a luz se libertou da matéria. Eis o porquê de a esfera estar atapetada pela radiação cósmica, como revelou o satélite COBE. Note-se de passagem que quanto mais longe olharmos no espaço, mais longe veremos no passado. Atenção ao contra-senso que poderia induzir este desenho: não estamos no centro do Universo real e sim no centro do Universo observável por nós HOJE. Todas as galáxias, onde quer que estejam, estão rodeadas pelo mesmo «ovo cósmico».

Estamos no centro do Universo?

Não há a menor hipótese. Os cosmólogos (que são os físicos do Universo no seu conjunto) adotaram um princípio fundamental, o "princípio cosmológico". Que diz: "o Universo é homogéneo e isotrópico". Significa que é igual por todo, que oferece grosso modo o mesmo espectáculo de qualquer ponto (homogêneo), em todas as direções (isotrópico), na condição de ser observado a uma enorme escala, como os enxames de galáxias. Cada posto de observação (a nossa Terra ou a galáxia de Andrômeda ou qualquer outro lugar) é equivalente a todos os outros; não há portanto centro pois o centro seria, por definição, um ponto privilegiado. Caso se lembre dessas questões, também não há topo ou baixo, nem direita ou esquerda no Universo. Mas, objetará, se todas as galáxias se afastam de nós a toda a velocidade, não significa isso que nos podemos considerar no centro de tudo, que todo o Universo se expande a partir daqui? Mais uma vez, não. Todo o observador, não importa em que galáxia (e há bilhões), terá a impressão que as outras galáxias lhe fogem. É a prova que se afastam umas das outras, sem se interessar em qualquer centro.


A possibilidade dos Universos Parelelos




Popularizada por obras de ficção científica como "Jornada nas Estrelas" ou então pelo recente filme "A Bússola de Ouro", primeira parte da trilogia escrita por Philip Pullman, o conceito dos universos paralelos desperta um grande interesse por parte dos mais sérios cientistas do planeta.


"A idéia de vários universos simultâneos é mais do que uma invenção fantástica. Parece natural em várias teorias e merece ser levada em conta", afirma o astrofísico Aurélien Barrau no número de dezembro da revista "Cern Courier", publicada pela Organização Européia para a Pesquisa Nuclear.


"Estes universos múltiplos não são apenas teoria, e sim as conseqüências de teorias elaboradas para responder a questões de física das partículas ou da gravitação. Muitos problemas centrados na física teórica encontram assim uma explicação natural", resume o cientista do Laboratório de Física Subatômica e Cosmologia.


"Nosso Universo seria apenas uma ilhota insignificante dentro de um imenso 'multiverso' infinitamente vasto e diversificado? Se for verdade, isso pode ser para o homem, que durante muito tempo acreditou que era o centro do mundo ou o centro da criação, a quarta ferida narcisista", prosseguiu, explicando que as três primeiras feridas teriam sido causadas por Copérnico, Darwin e Freud.


Imaginar que existem vários universos responderia a uma das grandes perguntas dos físicos: Por que motivo --fora acreditar em Deus-- nosso universo, se fosse o único existente, teria precisamente as leis e as constantes físicas que teriam permitido o surgimento de astros, de planetas e finalmente de vida?


Paradoxos


A idéia de universos paralelos foi introduzida em 1957 pelo físico americano Hugh Everett, para interpretar certas raridades --para o sentido comum-- da física quântica.


Dessa maneira, é possível encontrar partículas numa espécie de superposição de estados. O exemplo clássico e o do gato que pode estar vivo e pode estar morto ao mesmo tempo dentro da caixa que serve de exemplo e paradoxo da teoria pronunciada por um dos "pais" da física quântica, Erwin Schrödinger.


Apenas um dos estados se torna realidade no momento de uma observação. Dessa maneira, não se criam outras possibilidades em outros tantos universos? Hugh Everett e outros cientistas acreditam que sim.


Existiriam então vários universos paralelos que poderiam ter um passado comum, antes de divergir para outro possível e diferente.


No cinema


Um episódio de "Jornada nas Estrelas", "O universo do espelho", exemplifica bem o conceito, pois mostra, em um outro universo, outras versões do capitão Kirk, do sr. Spock e dos demais tripulantes da nave Enterprise.


"Este mundo, como todos os demais universos, nasceu do resultado das probabilidades", explica o Lorde Asriel a sua filha Lyra, a jovem heroína de "A Bússola de Ouro", evocando as partículas elementares.


"Num dado momento, várias coisas são possíveis e, no instante seguinte, apenas uma acontece e o resto deixa de existir", conclui.











Se todo o Espaço está em expansão, também estamos?


Se todo o espaço está em expansão, porque não eu, a minha cidade, a Terra, o Sol; tudo isto é espaço, não? Pois bem, a resposta é não: todas as pequenas estruturas do Universo, as estrelas, o sistema solar, os planetas, os seres vivos, são insensíveis à expansão. Mesmo um conjunto de estrelas tão gigantesco como a nossa galáxia, com o seu milhão de milhões de quilômetros de diâmetro, não é afetado pela expansão. O crescimento do Universo só age a grande, grande escala, entre as galáxias e os enxames de galáxias. Porquê? Porque à mais pequena escala a força da gravitação ganha o jogo. É ela que mantém juntos os planetas em volta do Sol, e as estrelas no seio das galáxias. E a gravidade liga tão fortemente estes objetos que os impede de seguir o estiramento do espaço. A nossa região do céu está mesmo a comprimir-se! No "enxame local", onde se encontra a Via Láctea, as galáxias estão de fato a aproximar-se umas das outras. Mas atenção, este efeito local não contradiz de nenhum modo a expansão à grande escala di Universo.

domingo, 20 de março de 2011

Fenomenos espaciais

"Super lua" aparece no céu nesta noite
Fenômeno faz com que o satélite fique mais próximo em relação à Terra



Maior lua cheia dos últimos 18 anos é fotografada em Belo Horizonte, na noite deste sábado

Quem olha para o céu, na noite deste sábado (19), tem a impressão de ver uma lua maior em comparação aos outros dias. A sensação é explicada pelo fenômeno conhecido como perigeu ou superlua, período de maior a aproximação do satélite em relação à Terra.

Esta é a Lua mais cheia desde 1993. Durante o perigeu, a Lua pode ser vista num tamanho 14% superior ao usual e com um brilho 30% maior que o de uma Lua cheia em seu apogeu.

Durante o fenômeno, a lua fica cerca de 50 mil km mais próxima da Terra, mas ainda a uma distância de cerca de 356.577 km, segundo a Nasa (agência espacial norte-americana





As luas apogeu e perigeu, em 2006. Este ano, fenômeno será ainda mais evidente




Super lua cheia poderá ser observada no Espaço Ciência


Quem olhar para céu na noite deste sábado (19) verá uma lua mais brilhante e maior. A explicação é que o satélite natural estará 50.000 quilômetros mais próximo da Terra, o que dará origem a um perigeu lunar ou super lua cheia, por volta das 19h10. Por isso, a partir das 18h, o Espaço Ciência receberá curiosos e estudiosos para observar o fenômeno. De acordo com comunicado da NASA, a super lua aconteceu pela última vez em março de 1993. Outra oportunidade de observar o perigeu lunar só será possível em 2029.

“Esta é uma data especial. Com a aproximação, a lua estará aparentemente com um brilho maior e dará a impressão de estar aumentada. Poderemos ver melhor suas crateras e montanhas”, explica o astrofísico Antônio Miranda, responsável por comandar a observação. Qualquer pessoa interessada em observar o perigeu lunar poderá comparecer à pirâmide do Espaço Ciência. Entidades, sociedades e clubes de astronomia do Recife e de Olinda estarão presentes.

Quem preferir, poderá levar seu próprio equipamento para a observação, como binóculo, luneta e telescópio. Todos os participantes terão explicações da equipe de Astronomia do Espaço Ciência para saber mais sobre a super lua cheia.




Cientistas têm nova explicação para o formato da Lua
Ao contrário do que muitos pensam, nossa Lua não é completamente esférica, mas ligeiramente achatada na região polar.
A Lua gira em torno de seu eixo e, durante seu processo de formação, a força centrífuga criou uma saliência à medida que o magma derretido do jovem astro esfriava e se transformava em rocha sólida.
Em 1799, o matemático Pierre Laplace observou algo curioso sobre essa deformação: a Lua era achatada demais. Segundo Maria T. Zuber, professora de geofísica e ciências planetárias do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), embora suave, o achatamento era maior que o esperado para a força de rotação na época de sua formação. O diâmetro da Lua é de 3.474 km, cerca de 4 km maior que a distância de entre os polos.
Nos anos de 1960 e 1970, novas pesquisas identificaram uma segunda deformidade em nosso satélite: a Lua era também alongada na direção do eixo em direção à Terra. Se a Lua fosse cortada ao meio, ao longo da linha equatorial, a seção transversal não teria a forma de circular e sim oval, com uma das pontas apontando para a Terra.
O problema é que até agora ninguém havia apresentado uma explicação totalmente convincente para a atual forma da Lua.
Na última edição da revista Science, Maria Zuber e seus colegas Jack Wisdom e Ian Garrick dizem ter encontrado uma possível resposta para o problema do formato da Lua.
O que o notório matemático Laplace não sabia é que a Lua está se afastando da Terra e desacelerando.
Raios laser refletidos por espelhos deixados na superfície lunar pelos astronautas da Apollo 11 (ao lado) mostram que, a cada ano, a Lua se afasta 3,8 cm da Terra e agora orbita no que os astrônomos chamam de ressonância 1:1 com a Terra. Isso significa que para cada órbita ao redor da Terra, a lua completa uma volta ao redor de seu eixo. Isso explica por que a Lua está sempre com a mesma face voltada para a Terra.
No passado, a Lua estava muito mais próxima e seu período orbital era muito menor. Devido à ressonância 1:1, a Lua também girava mais rápido, o que possivelmente explicaria a saliência. Mas esses cálculos não forneceram a resposta para a distorção observada no eixo Lua-Terra.

Nova teoria
Para explicar de forma convincente, os cientistas do MIT sugerem que a Lua, em seus primórdios, orbitava de forma elíptica, e não circular, e estaria em ressonância 3:2, ou seja, para cada três rotações sobre o eixo o satélite completava duas órbitas. A Lua teria permanecido nesta ressonância por algumas centenas de milhões de anos, até que as forças das marés desacelerassem sua rotação até a presente ressonância circular 1:1.
Os cálculos dos cientistas do MIT mostram que essa órbita forneceria as forças necessárias para determinar o formato da Lua. "É um problema de 200 anos e descobrimos a primeira solução que funciona", afirmou Maria Zuber.

O colega de Zuber, Peter Goldreich, professor emérito de astrofísica e física planetária no Instituto de Tecnologia da Califórnia, Caltech, elogia o trabalho da cientista e afirma, também na Science, que a equipe só não explicou como a Lua entrou na ressonância 3:2, além de continuar sem explicação a disparidade entre os lados da Lua, já que a crosta no lado mais próximo da Terra é muito mais fina que a do lado distante.
Na foto acima, facho de laser é emitido em direção à Lua por telescópio da Universidade do Texas. O método é usado para calcular a distância Terra-Lua, fundamental para a afirmação do MIT.



Lua (do latim Luna) é o único satélite natural da Terra, situando-se a uma distância de cerca de 384.405 km do nosso planeta.
Introdução
Visto da Terra, o satélite apresenta fases e exibe sempre a mesma face, fato que gerou inúmeras especulações a respeito do teórico lado escuro da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período chamado de Lua nova. Seu período de rotação é igual ao período de translação. A Lua não tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado sólido (em forma de cristais de gelo). Não tendo atmosfera, não há erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos. É apenas afetada pelas colisões com meteoritos.

É a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra, em seguida vem o Sol, com uma participação menor. Pode-se dizer do efeito de maré aqui na Terra como sendo a tendência de os oceanos acompanharem o movimento orbital da Lua, sendo que esse efeito causa um atrito com o fundo dos oceanos, atrasando o movimento de rotação da Terra cerca de 0,002 s por século, e, como consequência, a Lua se afasta de nosso planeta em média 3 cm por ano.



A Lua é, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar. Sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo central de rotação da Terra. Alguns astrônomos usam este argumento para afirmar que vivemos em um dos componentes de um planeta duplo, mas a maioria discorda, uma vez que para que um sistema planetário seja duplo é necessário que seu eixo de rotação esteja fora dos dois corpos. De qualquer modo, a presença da Lua atua estabilizando o movimento de rotação da Terra.


Formação da Lua
A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor dos elementos encontrados tanto na Lua quanto na Terra indicam que ambos os corpos podem ter tido uma origem comum. Nesse aspecto, alguns astrônomos e geólogos alegam que a Lua teria se desprendido de uma massa incandescente de rocha liqüefeita primordial, recém-formada, através da força centrífuga.

Outra hipótese, atualmente a mais aceita, é a de que um planeta desaparecido e denominado Theia, aproximadamente do tamanho de Marte, ainda no princípio da formação da Terra, teria se chocado com nosso planeta. Tamanha colisão teria desintegrado totalmente o planeta Theia e forçado a expulsão de pedaços de rocha líquida. Esses pequenos corpos foram condensados em um mesmo corpo, o qual teria sido aprisionado pelo campo gravitacional da Terra. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash.

Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma como surgiram, haveria dois satélites naturais orbitando a Terra: o maior seria a Lua, e o menor teria voltado a se chocar com a Terra, formando as massas continentais.


Geologia lunar
Ver artigo principal: Geologia da lua
O conhecimento sobre a geologia da lua aumentou significantemente a partir da década de 1960 com as missões tripuladas e automatizadas. Apesar de todos os dados recolhidos ao longo de todos esses anos, ainda há perguntas sem respostas que unicamente serão contestadas com a instalação de futuras bases permanentes e um amplo estudo sobre a superfície da lua. Graças a sua distância da Terra, a Lua é o único corpo, junto com a Terra, que se conhecem detalhadamente sua geologia. As missões tripuladas Apollo contribuíram com a recoleção de 382 kg de rochas e mostras do solo, dos quais seguem sendo o objeto de estudo para a compreensão sobre a formação de corpos celestes.


Exploração lunar
No início da década de 60 o presidente John F. Kennedy colocou como meta para os Estados Unidos da América o envio de um Homem à Lua nos antes do fim da década. Este desafio foi concretizado no projeto Apollo. Em 20 de Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro Homem a caminhar na Lua. Existem grupos que duvidam deste evento, alegando ser a aterrisagem na Lua transmitida pela televisão em um cenário montado, e todo o evento teria sido usado como propaganda do regime norte-americano durante a Guerra Fria.


Solo
As explorações e os estudos do solo da Lua fizeram com que certos cientistas desconfiassem que a queda de alguns meteoros em sua superfície causaram um fator que deixou seu solo esburacado. Como ela não possui atmosfera para impedir esses meteoros, eles causam um certo impacto em seu corpo.


A trajectória lunar

Essa é uma escala da distância da Lua para a TerraÉ tentador aceitar que a trajetória da Lua roda em volta da Terra de tal modo que por vezes anda para trás. Mesmo quando vemos uma representação da sua trajectória como a que se mostra na animação seguinte, a nossa percepção cria-nos uma ilusão: A Lua parece andar para trás. E, na verdade, (mesmo nesta animação, em que a sua trajectória é representada como uma curva sinusoidal) ela avança sempre.

A principal razão para essa ideia errada é o facto de nas representações do sistema solar, em que as trajectórias dos planetas são desenhadas do ponto de vista do observador posicionado no Sol ao passo que também é comum representar a trajectória da Lua do ponto de vista de um observador na Terra, o que é o observado, mas acontece que esse movimento diário é aparente devido à rotação da Terra em torno do seu eixo e não da Lua propriamente dito o que ajudaria ainda mais a fortalecer outra ideia errada que é a suposta existência do lado escuro da lua.

De facto, como a força gravitacional do Sol sobre a Lua é 2,2 vezes mais forte do que a exercida pela Terra, a Lua descreve uma elipse de afastamento constante da Terra ao mesmo tempo que, devido a força gravitacional, ambos percorrem uma trajetória de translação deformada em espiral a volta do Sol. E a sua trajectória é sempre convexa: curva-se sempre na direcção do Sol. Não é esse o caso da maioria dos satélites artificiais, que fazem uma rotação em volta da Terra em menos de 2 horas. Mas a rotação da Lua em volta da Terra é umas 4 centenas de vezes mais lenta.


Esquema mostrando a inclinação de cinco graus da órbita lunar em relação ao plano da órbita terrestre ao redor do Sol.A figura abaixo descreve melhor o que realmente acontece. É mais esclarecedor visualizar o movimento da Lua como se ela fosse uma mota que acompanha um automóvel (a Terra), ambos em movimento numa mesma estrada. A mota, uma vez por mês acelera e ultrapassa o automóvel pela direita e depois deixa-se ficar para trás pela esquerda. De facto, a Lua, quando fica para trás (quarto crescente) é acelerada pela atracção gravítica da Terra e quando se adianta (quarto minguante) é travada pela força de gravidade da Terra.


A trajectória real da LuaTanto a Terra como a Lua estão em queda-livre em volta do centro de massa do sistema Terra-Lua (localizado dentro da Terra) que, por sua vez, está em queda-livre em torno do centro de massa do sistema Sol-Terra-Lua (localizado dentro do Sol). Por isso, podia ser mais esclarecedor e menos geocêntrico dizer que a Terra e a Lua rodam ligeiramente em torno do seu centro de massa comum, à medida que seguem a uma órbita comum em torno do Sol. Alguns astrónomos defendem aliás que o sistema Terra-Lua é um planeta duplo, já que a influência gravitacional do Sol é comparável com sua interação mútua.


Usando a Lua para visualizar a trajectória da Terra
Quando a Lua está em quarto minguante, a Lua está à frente da Terra. Como a distância da Terra à Lua é de cerca de 384404 km e a velocidade orbital da Terra é de cerca de 107 mil km/h, a Lua encontra-se num ponto onde a Terra vai estar daí a cerca de 3 horas e meia. Do mesmo modo, quando vemos a Lua em quarto crescente, ela encontra-se aproximadamente no ponto do espaço «onde nós estávamos» 3 horas e meia antes!


Essa é a imagem da outra face da lua, a que nós não conseguimos ver.
O brilho lunar
O brilho da Lua, também conhecido como luar, não diminui para metade quando ela está em quarto. O seu brilho é apenas 1/10 do que ela tem quando está cheia! Isso deve-se ao relevo da Lua: quando ela está em quarto as partes mais elevadas projetam sombras nas partes menos elevadas e reduzem a quantidade de luz solar refletida na direção da Terra.


Por que a Lua nos mostra sempre a mesma face?

Fases da lua e sua vibração As partes mais próximas de um objeto em órbita em volta de um planeta sofrem uma atração gravitacional maior deste (porque estão a uma menor distância dele) do que as mais distantes, ou seja, há um gradiente de gravidade. Isso faz com que se gere um binário que leva o objeto a acabar por ficar orientado no espaço de modo a que seja a sua parte com uma maior massa a ficar voltada para o planeta. É esse efeito que explica porque é que a Lua assume uma taxa de rotação estável que mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. O seu centro de massa está distanciado do seu centro geométrico de cerca de 2 km na direção da Terra.

Curiosamente, não se sabe porquê, do lado voltado para a Terra a sua crosta é mais fina quanto à amplitude de relevo e é onde estão concentrados os mares - as zonas mais planas.


As marés atrasam a rotação da Terra
As marés altas não ocorrem exatamente no alinhamento entre os centros da Terra e da Lua. Os altos correspondentes às marés altas são levados um pouco mais para a frente pela rotação da Terra.

Como resultado disso, a força de atração entre Terra e Lua não é exercida exatamente na direção da linha entre os seus centros e isso gera um binário sobre a Terra que contraria a sua rotação (e atrasa a rotação da Terra por cerca de 0,002 segundos por século) e uma força de atração sobre a Lua, puxando-a para a frente na sua órbita e elevando-a para uma órbita (afastando-se da Terra cerca de 3,8 cm por ano). Ou seja, há uma transferência líquida de energia da Terra para a Lua.

Eventualmente este efeito fará com que o alto da maré acabe por ficar exatamente alinhado com a linha Terra-Lua e a partir daí o efeito de travagem causado pelo binário acabará. Mas nessa altura a Terra fará uma rotação exatamente no mesmo tempo em que a Lua faz uma rotação em volta da Terra: a Terra mostrará sempre a mesma face à Lua! Como as marés originadas pela Terra na Lua são muito mais fortes, a rotação da Lua já foi travada de modo a ela nos mostrar sempre a mesma face, desaparecendo um binário que já terá existido. A mesma coisa aconteceu já à maioria dos satélites do nosso sistema solar.


Eclipses
Para maiores informações procure.

Eclipse lunar
Eclipse solar

Eclipse Solar de 1999.


Luz refletida
A luz solar refletida na Lua, demora quase 1,3 segundos para chegar a Terra.
Características orbitais
Raio orbital médio 384.400 km
Excentricidade 0,0549
Período de revolução 27d 7h 43,7m
Inclinação 5,1454°
É satélite da Terra
Características físicas
Diâmetro equatorial 3.474,8 km
Área da superfície 37,93 milhões de
km²

Massa 7,349 × 1022 kg
Densidade média 3,34 g/cm³
Gravidade à superfície 1,62 m/s2
Período de rotação 27d 7h 43,7m
Inclinação axial 1,5424°
Albedo 0,12
Temp. à superfície min méd máx
40 K 250 K 396 K

Características atmosféricas
Pressão atmosférica 3 × 10-13kPa
Hélio 25%
Neônio ou Néon 25%
Hidrogênio 23%
Argônio ou Árgon 20%
Metano Amônia
Dióxido de carbono
trace
Composição da crosta
Oxigênio 43%
Silício 21%
Alumínio 10%
Cálcio 9%
Ferro 9%
Magnésio 5%
Titânio 2%
Níquel 0.6%
Sódio 0.3%
Crômio ou Crómio 0.2%
Potássio 0.1%
Manganês 0.1%
Enxofre 0.1%
Fósforo 500ppm
Carbono 100ppm
Nitrogênio 100ppm
Hidrogênio 50ppm
Hélio 20ppm






Super lua cheia poderá ser observada neste sábado

Quem olhar para céu na noite deste sábado (19) verá uma lua mais brilhante e maior. A explicação é que o satélite natural estará 50.000 quilômetros mais próximo da Terra, o que dará origem a um perigeu lunar ou super lua cheia, por volta das 19h10. Por isso, a partir das 18h, o Espaço Ciência receberá curiosos e estudiosos para observar o fenômeno. De acordo com comunicado da NASA, a super lua aconteceu pela última vez em março de 1993. Outra oportunidade de observar o perigeu lunar só será possível em 2029.

“Esta é uma data especial. Com a aproximação, a lua estará aparentemente com um brilho maior e dará a impressão de estar aumentada. Poderemos ver melhor suas crateras e montanhas”, explica o astrofísico Antônio Miranda, responsável por comandar a observação. Qualquer pessoa interessada em observar o perigeu lunar poderá comparecer à pirâmide do Espaço Ciência. Entidades, sociedades e clubes de astronomia do Recife e de Olinda estarão presentes.
Quem preferir, poderá levar seu próprio equipamento para a observação, como binóculo, luneta e telescópio. Todos os participantes terão explicações da equipe de Astronomia do Espaço Ciência para saber mais sobre a super lua cheia



O estudo da Lua
Antes da invenção da luneta, as análises da Lua baseavam-se na observação a olho nu. Isso permitiu ao astrônomo árabe Ibn Al-Haytham (965 - 1039 d.C.) fazer os primeiros estudos sistemáticos sobre a Lua.
Outro percussor do estudo da Lua antes dos telescópios foi Leonardo da Vinci (1452 - 1519), que analisou particularidades da superfície desse astro.
Foi esboçado também, com base nas observações a olho nu, o primeiro "mapa" da Lua, pelo físico inglês William Gilbert (1540 - 1603).
A invenção da luneta (no final do séc. XVI) revolucionou os estudos científicos e o primeiro estudioso a fazer uso desse instrumento para observar a Lua foi Galileu Galilei (1564 - 1642). Com sua luneta (capacidade de 20 vezes), Galileu elaborou um mapa da superfície visível da Lua, assim como outros pesquisadores fizeram logo após.
Galileu havia dito que a Lua não era uma esfera luminosa, lisa e brilhante, como se acreditava, e sim esburacada, coberta de montanhas e sulcada por vales profundos.
Valendo de instrumentos cada vez mais poderosos (telescópios), os astrônomos elaboraram mapas bastante precisos da face visível da Lua e, a partir de 1840, passaram a receber o valioso auxílio da fotografia, recém-inventada.
Com técnicas cada vez mais apropriadas, os cientistas mediram a temperatura da Lua (através do balômetro), mediram a órbita exata e a distância média entre a Lua e a Terra (cerca de 400 000 km).
A partir da década de 50, o envio de cápsulas espaciais, permitiu obter dados mais precisos da Lua. Dezenas de sondas fotografaram a superfície. Finalmente, na década de 60, ocorreu o pouso de cápsulas, com a descida do homem à Lua.
1969 - O homem pisa na Lua pela primeira vez
Foi realizado com êxito o primeiro desembarque de astronautas em solo lunar, na fase mais importante do projeto Apollo norte-americano. Tripulantes da nave Apollo 11, Neil Armstrong e Edwin Aldrin desceram ao solo lunar num módulo de pouso, enquanto Michael Collins ficou girando em torno da Lua. Ficaram quase duas horas, trouxeram amostras do solo lunar e valiosas informações científicas e depois todos voltaram à Terra. As seis missões Apollo trouxeram à Terra cerca de 2.200 amostras de rochas, o equivalente a, aproximadamente, 400g.
Depois dessa nave, foram enviadas cinco cápsulas tripuladas continuando as pesquisas do projeto Apollo até seu encerramento (em 1972).
"Um pequeno passo para o homem, mas um grande salto para a humanidade"

Homens que pisaram na Lua
As seis naves Apollo, levaram cada uma, três homens, sendo que dois pisavam na Lua e um ficava na nave para fazer o resgate:
Apollo 11 (1969) - Neil Armstrong, Edwin Aldrin e Michael Collins (não desceu);
Apollo 12 (1969) - Charles Conrad, Alan Bean e Richard Gordon (não desceu);
Apollo 14 (1971) - Alan Shepard, Stuart Roose e Edgar Mitchell (não desceu);
Apollo 15 (1971) - David Scott, James Irwin e Alfred Worden (não desceu);
Apollo 16 (1972) - John Young, Charles Duke e Thomas Mattingly (não desceu);
Apollo 17 (1972) - Eugene Cernan, Ronald Evans e Harrison Schmitt (não desceu).
Características
Provavelmente, a Lua surgiu a 4,6 bilhões de anos, ao mesmo tempo que a Terra.
Pode atingir 100º C entre o dia e a noite, em um determinado ponto da superfície. As temperaturas extremas atingem 117º C de dia e -171º C à noite, em locais distintos.
A Lua é o satélite natural da Terra e nela reflete a luz recebida do Sol, de forma diferente, de acordo com a posição que se encontra (essas variações denominam-se fases, na seqüência: lua nova, quarto crescente, lua cheia e quarto minguante.
A Lua cheia ocorre quando a Lua está em oposição ao Sol, de tal modo, que sua sua parte iluminada é totalmente visível da Terra. A Lua nova está situada entre o Sol e a Terra e apresenta a face obscurecida.
Relevo lunar
Existem depressões circulares ou poligonais, de dimensões variáveis: as crateras. As maiores ultrapassam os 200 km de diâmetro e as menores, não excedem 1 km. Porém, existe uma multidão de crateras de dimensões inferiores.
O solo lunar
O solo da Lua é formado de pedras mais ou menos soterradas em uma camada de poeira constituída de fragmentos rochosos reduzidos à pó, com espessura que varia de alguns milímetros a cerca de 15cm, conforme o local. Sob este tapete de poeira, se estende uma camada de rochas fragmentadas, o regolito, cuja espessura varia de 2 a 20m.
As rochas lunares possuem 75 novas variedades de minerais (principalmente silicatos), representando 33 espécies distintas, além de cerca de 80 conhecidas em meteoritos e mais 2 mil conhecidas na Terra.
Estrutura interna
A crosta lunar é composta de várias camadas, com cerca de 60 km de espessura no hemisfério visível da Terra e com cerca de 100 km de espessura no hemisfério oposto; Um manto com cerca de 1000 km de espessura; E um núcleo, com 700 km de raio, contendo grande quantidade de ferro. Esse núcleo seria relativamente pastoso, com uma temperatura central de 1.500º C.
Características físicas
Diâmetro médio - 3.476 km
» Massa - 73,4.1021 kg
» Volume - 22.109 km3
» Densidade média - 3,34
» Albedo - 0,073
Características orbitais
Raio de sua órbita - 384.400 km
Excentricidade média da órbita - 0,0549
Distância máxima do perigeu - 406.720 km
Distância mínima do perigeu - 356.375 km
Inclinação média da órbita em relação à eclíptica - 5,1453º
Inclinação do equador lunar em relação à órbita - 6º 41'
Período de revolução sideral (retorno à mesma posição no céu em relação as estrelas) - 27,321 660d
Sinódico (retorno à mesma posição em relação ao Sol) - 29, 530 588 d, ou 29d 12h 44mim. 2,8s.





BINÓCULOS, TELESCÓPIOS E FOTOGRAFIA

No século VII, os árabes instalaram observatórios em Bagdá, Cairo, Damasco e outros centros importantes, e construíram quadrantes e torqueti, idealizados por Ptolomeu, assim como ampulhetas, astrolábios e esfera armilares. Quando conquistaram a Espanha no século XI, os árabes estabeleceram observatórios nestes novos centros, de modo que a astronomia passou para a Europa sem interrupção.
A maioria dos historiadores aceita que o primeiro telescópio foi construído pelo holandês Hans Lippershey, em 1608, na cidade de Middlesburg, Holanda. Galileo construiu o seu próprio telescópio, com aumento de 3 vezes, em 1610. Em seguida construiu outros instrumentos, o melhor com 30 vezes de aumento. Estes telescópios eram refratores, com lentes como o grande telescópio construído por William Herschel.
É verdade que é possível observar muitos objetos a olho nu, também é fato de que um auxiliar de visão é sempre bem vindo.

Binóculos
Depois de uma primeira fase de observação a olho nu, a evolução natural para um astrônomo amador é a aquisição de um binóculos. Em Astronomia mais do que ampliar muito as imagens é preciso vê-las. Assim é muito mais importante o poder de captação de luz de um instrumento do que a capacidade de ampliações elevadas. Como referência podemos considerar como um bom binóculo do tipo 7 x 50 ou 10 x 50, isto é, tem lentes com 50 mm de diâmetro e ampliam 7 ou 10 vezes. Com este instrumento já é possível ver estrelas onde os olhos não viam nada. Posteriormente, com o aprendizado e conhecendo o céu pode-se partir para outros binóculos, como o 25X100, que é um ótimo binóculo para cometas, variáveis, etc...
Os binóculos devem, para astronomia, ter uma relação entre o diâmetro da lente e seu aumento. Quanto maior o numero desta relação, mais luz entrará na retina dos olhos, portanto, um maior número de objeto podem ser observados. Esta relação chama-se pupila de saída, e consegue-se esse número dividindo o diâmetro da objetiva pela magnificação.
Ex: em um binóculo 7x50, se dividimos 50 por 7 obtemos a pupila de saída 7,1mm. Se for um 8x40 a pupila de saída será 5mm. E um 10x50 a pupila também será 5mm.
No Homem a pupila tem um diâmetro de 2 a 4mm durante o dia e 5 a 9mm no escuro. Se obtêm imagens mais claras quando a pupila de saída do binóculo é igual ou próxima a dos olhos.
Existe também, o binóculo infravermelho que permite a visão em situações de baixíssima luminosidade. Possui um intensificador de imagens que amplifica a luz e a imagem é projetada em uma pequena tela situada na frente da ocular. O resultado é uma imagem esverdeada devido ao tipo de fósforo utilizado nesta tela. Geralmente possui baixa magnificação, entre 3 e 6 vezes.

Telescópios
Basicamente, podemos dizer que um telescópio é um instrumento óptico que permite ampliar as imagens observadas. De modo geral, os telescópios são constituídos por dois sistemas ópticos: a objetiva e a ocular.
A objetiva tem como finalidade receber a luz que vem do objeto observado, formando uma imagem (a imagem primária).
A ocular, é a lente que amplia a imagem primária que vem da objetiva.
A parte mais importante do telescópio é a objetiva. É da sua qualidade que vai fazer que a imagem observada seja bem definida, nítida e bem contrastada. Uma objetiva de má qualidade vai sempre produzir, independentemente da qualidade da ocular, uma imagem má.
O diâmetro da objetiva de um telescópio (abertura) determina a quantidade de luz que o aparelho vai receber. Como a área de um circulo é medida pela fórmula A=p*R2, um telescópio que tenha o dobro da abertura que outro telescópio, recebe 4 vezes mais luz, enquanto que um com uma abertura três vezes maior recebe 9 vezes mais luz.
A capacidade de captação de luz de um instrumento óptico é avaliada através da sua razão de abertura ( f ). Isto é, o quociente entre a distância focal da sua objetiva (distância a partir da lente à qual os raios luminosos convergem num mesmo ponto: o foco da lente) e o diâmetro da mesma.
f = distância focal da objetiva / diâmetro da objetiva
Quanto menor for este quociente mais luminosa é a imagem que se obtêm.
É comum relacionar as capacidades de um telescópio com a sua abertura ( isto é, o diâmetro da sua objetiva). Assim:
ampliação = distância focal da objetiva / distância focal da ocular
Existem diversos tipos de telescópios. Quanto ao tipo de objetiva, classificam-se em Refratores, Refletores e Catadióptricos.

Telescópios refratores
Nos telescópios refratores, a objetiva é constituída por uma lente convergente. A luz atravessa a objetiva e a imagem forma-se por refração na ocular.
Os telescópios refratores usam uma lente de vidro como sua objetiva.
Os pequenos telescópios vendidos nas lojas são refratores.

Vantagens de um telescópio refrator
os telescópios refratores são robustos. Depois do alinhamento inicial, é mais resistente ao desalinhamento do que os telescópios refletores.
a superfície de vidro dentro do tubo está selada, de modo que ela raramente precisa de limpeza.
uma vez que o tubo é isolado, os efeitos de variações de temperatura são eliminados. Isto significa que as imagens mais estabilizadas.

Desvantagens de um telescópio refrator
todos os telescópios refratores sofrem de um efeito chamado aberração cromática (distorção ou desvio da cor).
a luz ultravioleta não passa de modo algum através das lentes.
à medida que a espessura da lente aumenta, a luz que passa através das lentes diminui.
é difícil fazer uma lente de vidro sem imperfeições e com uma curvatura perfeita em ambos os lados da lente.
Telescópios refletores
Nestes telescópios, a objetiva é um espelho côncavo. Como o espelho fica de frente para a imagem, a imagem primária é refletida por um segundo espelho (espelho secundário) para a ocular.
Um telescópio refletor ou Newtoniano usa dois espelhos que aumentam o que é visto.

Vantagens de um telescópio refletor
não sofrem aberração cromática porque todos os comprimentos de onda serão refletidos pelo espelho do mesmo modo.
os telescópios refletores são mais baratos de fazer do que os refratores do mesmo tamanho.
como a luz é refletida pela objetiva, em vez de passar através dela, somente um lado da objetiva precisa ser perfeito.

Desvantagens de um telescópio refletor
é fácil colocar a óptica fora de alinhamento.
o tubo do telescópio refletor é aberto para o lado de fora e a óptica precisa de frequente limpeza.
um espelho secundário frequentemente é usado para redirecionar a luz para um ponto de visão mais conveniente. Este espelho e o seu suporte podem produzir efeitos de difração: objetos brilhantes com "pontas" (efeito "christmas star").

Telescópios catadióptricos
Neste tipo de telescópios, a objetiva é formada por uma lente associada a um espelho. Para igual abertura, são mais caros que os telescópios de Newton, mas mais baratos que os refratores. São muito compactos, possuindo menos de metade do comprimento de um refrator de Newton.
O espelho primário é um espelho côncavo, de curvatura esférica. Como os espelhos de curvatura esférica têm certas deficiências de convergência, sobretudo quando a curvatura é muito pronunciada, essas deficiências têm de ser corrigidas através de lentes corretoras.

O que eu posso ver com um telescópio?
Existem telescópios mais curtos e outros mais compridos. Isto afeta a observação dependendo da distância focal do telescópio (dada pelo fabricante). Assim, por exemplo, a imagem primária da lua cheia, se a distância focal for de 600 mm, terá o diâmetro de 5,2 mm; se for de 1200 mm terá o diâmetro de 10,4 mm.
É comum vermos telescópios de 66 mm de abertura no mercado em que está escrito "AMPLIA 450X". Isto é um erro comum, avaliar o telescópio pela quantidade de vezes que amplia. Os telescópios possuem aquilo que se chama de poder separador (resolução), sendo uma das características mais importantes. Portanto, quanto maior for a abertura de um telescópio, maior será o seu poder separador (desde que tenha uma boa ótica e esteja bem alinhado). E ainda temos que levar em conta outros fatores, tais como a transparência do céu, a poluição luminosa, etc.
Geralmente, costuma-se calcular a ampliação máxima de um telescópio, dividindo a sua abertura por 25 (em mm) e multiplicando por 50. Ex: um telescópio de 200 mm, nas melhores condições (muito raro), ampliará no máximo 200/25*50 = 400X. Mas como o céu quase nunca está estável o suficiente, geralmente não se consegue a ampliação máxima do telescópio. É muito mais agradável observar (por exemplo) uma nebulosa com um telescópio de 200 mm a 250X do que a 400X, pois a imagem vai ser muito mais luminosa (a imagem de 400X é maior, mas foi criada com a mesma luz, logo é mais escura), com maior contraste e revela mais detalhes.
Dependendo da abertura do telescópio, pode-se ver as crateras da Lua, o Sol e as manchas solares (tomando as devidas precauções), Mercúrio (apenas como um globo apresentando as diversas fases), Vênus (que devido à sua atmosfera dificilmente se vê pormenores do solo), Marte (sendo visíveis as calotas polares e manchas, e a partir de um telescópio de 100 mm permite observar detalhes do solo), Júpiter (e as suas faixas, e com instrumentos maiores, suas 4 maiores luas), Saturno e os seus anéis (um anel para instrumentos com baixa abertura (ex.66 mm)), Urano como um pequeno globo esverdeado (sendo necessário aberturas superiores a 150 mm e ampliações de 300X), Netuno e Plutão são visíveis apenas com telescópios com 200 mm de abertura, e a sua localização requer alguma prática, e mesmo assim, apenas se veem como globos minúsculos, Cometas, Estrelas duplas, muitas nebulosas e galáxias, e muitos outros objetos.
É preciso ter em conta que mesmo o instrumento mais potente só pode fazer aquilo que as condições atmosféricas deixam. Numa noite ruim (que são mais frequentes do que se pensa) nenhum instrumento consegue fazer milagres.

Astrofotografia
É comum para o astrônomo amador querer registrar suas observações através da fotografia. Normalmente, os primeiros resultados não são satisfatórios, porque a imagem vista através da ocular de um telescópio não é a mesma impressionada no filme. Depois de algum tempo e prática, é possível conseguir imagens de objetos que estão distantes a milhões de anos-luz da Terra.
Sem dúvida, as câmeras digitais melhoram bastante campos chaves da Astrofotografia. Mas curiosamente, olhando as "galerias" fotográficas de revistas especializadas temos provas que as surpreendentes imagens a cores todavia se fazem com a tecnologia dos nitratos de prata.
Fotografando com Câmera Manual
A astrofotografia com câmera fixa é a forma mais fácil, acessível e simples de iniciar-se no mundo da fotografia celeste. Não é necessário o uso de telescópios, montagens motorizadas nem sistemas guias. Somente com uma câmera reflexa, um tripé e um cabo disparador com trava conseguiremos captar estrelas invisíveis ao olho humano, cometas, meteoros, etc. Ademais, a única coisa que precisamos é um pouco de paciência e um método adequado de trabalho.

Equipamento Necessário:
Câmera reflexa manual - Com modo de exposição "B" e orifício para acoplar um cabo disparador com trava. As câmeras com obturador eletrônico não são aconselháveis, devido a longa exposição necessária para algumas fotos.
Objetiva normal (padrão) de 50 mm - Com abertura máxima (nº diafragma) de 1.8 ou menor.
Cabo disparador flexível com trava, se possível com 50 cm de comprimento.
Tripé fotográfico - Tem de ser robusto e estável, com cabeça articulável para facilitar a orientação da câmera.
Para-sol - Impede a incidência de luzes (faróis de carro, lanterna, etc.) na objetiva, além de proteger a lente do sereno.
Filme de alta sensibilidade (ISO 800 a 1600).

Ângulos cobertos por diferentes objetivas sobre a diagonal de um negativo de 35 mm
f (em mm) cobertura (em graus)
28 75
50 47
100 24
135 18
200 12

Tempo Máximo de Exposição:
Devido ao movimento de rotação da Terra, os astros descrevem um aparente movimento circular de Leste a Oeste com centros nos polos celeste Norte e Sul. É por isso que se passarmos um certo tempo de exposição em fotografias com uma câmera fixa, os astros não apareceram no negativo como pontos, mas sim como traços luminosos mais ou menos longos. A medida que o campo a fotografar se aproxima dos Polos, o movimento aparente do céu é muito mais lento o que nos permitirá aumentar o tempo de exposição.

Campo Fotografado Declinação1 Tempo de Exposição
Próximo ao Equador -30º a +30º 8-10 s
Próximo ao Polo Norte +60º a +90º 20-25 s
Zona Intermediária +30º a +60º 10-15 s
Próximo ao Polo Sul -60° a -90º 20-25 s
Estes tempos foram calculados para uma objetiva de 50 mm. Podem variar segundo o tipo de fotografia que desejamos realizar.

Magnitude máxima captada:
A magnitude é dada pela seguinte fórmula:
M = 8,4 + (5 * log D) + (2 * log T) - (Log F) + (2,5 * log (S/800))
Onde:
M = magnitude limite
D = abertura da objetiva (em cm), focal/num f.
T = tempo de exposição (min)
F = focal da objetiva (cm)
S = Sensibilidade do filme ISO
Se utilizarmos uma objetiva de 50 mm a f/1.8, um filme de ISO 1000 e uma exposição de 22 segundos, obteremos uma magnitude limite de:
M=8,4+5*log(2,8cm)+2*log(0,36min)-log(5cm)+2,5*log(1000/800) = 9,6
Na tabela abaixo podemos ver as magnitudes limites para diferentes focais, diafragmas, tempos e sensibilidades.

Focal f/ T (segundos) Sensibilidade ISO (ASA)
400 800 1000 1600
28 2,8 25,8 6,48 7,23 7,46 7,97
28 2,8 15,0 6,00 6,75 7,0 7,50
50 1,8 22,0 8,27 9,02 9,26 9,77
50 1,8 8,0 7,40 8,15 8,39 8,90
100 3,5 21,2 7,94 8,69 8,93 9,44
100 3,5 4,0 6,50 7,25 7,49 8,00
200 4 21,0 8,93 9,68 9,92 10,43
200 4 2,0 6,89 7,64 7,88 8,39
Nota: Para facilitar os cálculos foi usado um tempo de 24 horas, porém na realidade um astro percorre o círculo completo em 23h 56m 04s, o que se chama de DIA SIDERAL.

A fórmula anterior é efetiva somente para fotografias de zonas que cercam o zênite em condições de obscuridade muito boas. Devemos levar em conta a absorção atmosférica da luz emitida pelos astros. Em geral se consideram as seguintes perdas de magnitudes:
altura sobre horizonte 0-15º 15-30º 30-50º
perdas de magnitude 1 a 1,5 0,5 a 1 0,5

Focalização da Imagem:
Devemos enfocar a imagem com a maior precisão possível, sempre até o infinito (a ou ¥ no modo de enfoque). Porém, é bom ter cuidado com alguns objetos não se encontram exatamente no infinito, e sim um pouquinho antes.

Outros dados a serem considerados são:
a estabilidade atmosférica,
a poluição luminosa,
a diferença entre a magnitude fotográfica e a magnitude visual, já que os filmes normais não são igualmente sensíveis a todo o espectro, aparecendo as estrelas azuis mais luminosas e as vermelhas com menor magnitude.

Dado importante:
O movimento da Terra faz com que as estrelas se desloquem a 15º/ h em nosso campo visual. Há um limite de exposição além do qual o movimento aparente das estrelas fará com que elas apareçam como um risco; como regra prática dividimos 1000 pela distancia focal de nossa objetiva obtendo o tempo em segundos para a exposição. Assim, com uma objetiva de 50 mm teremos: 1000/50 = 20 seg; para uma teleobjetiva de 135 mm: 1000/135 = +/- 8 seg etc.

Fotografando com uma Câmera Digital
Atualmente vivemos na era das câmeras digitais, facilitando e muito para os fotógrafos amadores. Antes era necessário um conhecimento técnico quanto a tempos de exposição, abertura de diafragma, ASA e taxa de reciprocidade do filme, paciência e muito dinheiro para gastar em lojas de revelação, agora basta uma noite de folga e um céu razoavelmente limpo para curtir e praticar astrofotografia. Uma simples câmera digital abre possibilidades imensas, não só na área de astrofotografia lunar e planetária, mas também na área de grande campo e céu profundo.
As câmeras atuais possuem sensores muito mais sensíveis á luz do que as antigas películas químicas, o que aliado a uma eletrônica avançada e diversos recursos digitais incorporados, fazem com os resultados apareçam na hora, em tempo real, permitindo que se avalie de imediato todos os parâmetros da exposição, não necessitando fazer extensas planilhas com uma variedade de combinações.

Câmeras digitais: vantagens e desvantagens
Como tudo na vida, sempre existe um “porém”... as câmeras digitais facilitam nossa vida em vários aspectos mas, nem sempre tudo são flores. Se por um lado elas são ultra- sensíveis á luz e produzem resultados na hora, por outro elas também produzem ruídos elevados. Outro problema muito comum com as câmeras atuais são os recursos automáticos que tem se tornado uma verdadeira dádiva aos fotógrafos iniciantes que não sabem nada de fotografia, e que tem se tornado o verdadeiro tormento para os astrofotógrafos. Com a automatização, se perde o controle sobre grande parte dos recursos da câmera, especialmente os mais úteis como o controle do tempo, exposição, ISO, diafragma e foco. Por estas e outras, não basta apenas comprar uma câmera digital qualquer. Para bons resultados, é necessário pesquisar e “pesar” os prós e contras até se chegar a um modelo interessante.

Escolhendo uma câmera digital
Para obtera boas fotografias da lua e planetas, não é necessário grandes gastos. Uma câmera simples é suficiente. Porém alguns pontos devem ser observados:
Lentes pequenas, de preferência com uma largura de no máximo 4cm;
Foco manual ou na falta deste, modo manual de foco infinito;
Display grande, com no mínimo 4,5cm;
Controle manual do tempo exposição, de preferência variando de 2 segundos á 1/1000;
Controle manual do diafragma;
Controle manual de ISO, de preferência com no mínimo ISO 100 e ISO 400;
Controle de zoom ótico, podendo variar bastante( 3x, 5x, 10x, etc.) Obs.: Zoom digital é diferente de zoom ótico;
Cronômetro interno, podendo variar bastante (2 segundos, 10 segundos, etc.);
Equilíbrio de branco manual;
Modo de cores manual;

Como usa-las no telescópio
Há várias maneiras de se usar uma câmera no telescópio, uma delas é afocal. Esta técnica consiste em acoplar a câmera diretamente na ocular do telescópio, sem haver necessidade de desmontar suas lentes. Para o acoplamento, pode-se usar diversos modelos de adaptadores, podendo ser desde os artesanais até os universais. Assim, basta apontar o telescópio para o alvo que se deseja fotografar, seja a Lua ou algum planeta.
Um dos maiores problemas, especialmente para os iniciantes, é como proceder o foco... geralmente a pessoa imagina que verá uma coisa pelo display da câmera e a câmera mostra uma coisa completamente diferente. Na maioria das vezes o foco está tão fora que tudo que a câmera mostra é um borrão brilhante, que é muitas vezes agravado com câmeras que possuem ajuste de exposição automático. Para ajustar o foco pode-se retirar a câmera do adaptador e focalizar o alvo diretamente com os olhos. Uma vez focalizado, posicione a câmera na frente da ocular e veja através do visor. Caso a imagem fique muito brilhante, desloque ligeiramente a câmera para o lado para que as lentes captem parcialmente a luz que vem da ocular. Desse modo a imagem ficará naturalmente menos brilhante e permitirá uma melhor avaliação de foco. Pode-se usar também um pedaço de pano, papelão, tampa, etc. na bocal do telescópio, de modo a obstruir parcialmente a entrada de luz. Qualquer que seja a técnica, o importante é que a imagem que aparece no display da câmera seja nítida.
Com a câmera no lugar e com o foco ajustado, é necessário ajustar os parâmetros da câmera. Neste ponto não há uma regra geral, o esquema é mais na tentativa e erro. Varie o tempo de exposição, ISO, etc., até conseguir uma imagem razoavelmente boa. Uma coisa importante quanto ao ISO é que quanto maior, maior será o ruído. Então use ISO's baixos, no máximo ISO 400.

Como escolher um Telescópio
Mais cedo ou mais tarde todo astrônomo amador iniciante tem que encarar a questão sobre o que fazer para conseguir um bom telescópio. Escolha bem seu telescópio para que você tenha noites agradáveis de exploração do céu, ou então, você terá um "elefante branco" em sua casa.
O dinheiro que você pode gastar, o peso que você pode carregar e a quantidade de observações que você já fez a olho nu e com binóculos são pontos importantes a se considerar.
Desconfie de qualquer telescópio anunciado pelo alto poder de aumento, tipo: "Aumenta 450x". Normalmente estes equipamentos são deficientes. O aumento, não é algo a se considerar quando estiver comprando um telescópio. Você pode fazer qualquer telescópio aumentar quantas vezes quiser usando diferentes oculares. Mas é inútil usar um aumento muito grande num telescópio de pouca abertura. Você não verá nada a não ser um borrão aumentado várias vezes. Apenas um telescópio de grande abertura pode mostrar uma imagem decente com 200x ou mais.
O principal é não gastar muito no seu primeiro telescópio. Vá com calma. Acostume-se a observar o céu, e os recursos que você tem a mão. A partir daí, passe para um com melhores recursos, ou o que seu bolso pode alcançar.




O que seria um Buraco Negro?

O Buraco Negro é um intrigante, diria até misterioso fenômeno que ocorre no espaço. Desperta e aguça a curiosidade das pessoas. Muitos mitos foram criados, alguns pensam que o Buraco Negro é o elo de ligação entre as dimensões, outros acreditam que são portais por onde viajam os ET’s. Mas de fato, o que seria um Buraco Negro? Por que tem esse nome?

Buraco Negro é uma região do espaço onde o campo gravitacional é tão forte que nada sai dessa região, nem a luz, daí vermos negro naquela região, por isso o nome Buraco Negro. Para ficar mais claro vamos relacionar com o campo gravitacional da Terra, sabemos que graças à ação desse campo que os corpos são atraídos para o centro da Terra. O campo gravitacional do Buraco Negro tem as mesmas características físicas do campo gravitacional terrestre, a diferença está na intensidade.

O Buraco Negro gera um campo gravitacional tão intenso que a velocidade de escape excede a velocidade da luz, por isso nada escapa do Buraco Negro, nem mesmo a luz.

Uma vez que nada escapa de um buraco negro, nada que vem de um buraco negro chega até nós. Então como observá-los?

Observamos através da sua ação sobre sua vizinhança. "Vemos" um buraco negro observando "coisas" que o rodeiam sob a ação do seu campo gravitacional ou então que "caem" em sua direção, também sob a ação desse mesmo campo gravitacional.


A velocidade da órbita de uma matéria, a uma determinada distância de um corpo, é proporcional à gravidade desse corpo. Mesmo sem vermos o corpo central podemos saber qual a sua massa se virmos e medirmos a velocidade de nuvens de gás e poeira que o orbitam o Buraco Negro, por exemplo.

Uma outra situação: se sob a ação da gravidade do corpo central, matéria "cai" em direção a ele, esse material enquanto vai "caindo" vai se comprimindo; por se comprimir vai se esquentando, e quanto mais quente fica, mais irradia... Também nesse caso, se medimos essa radiação, obtemos informações sobre o corpo central.

Seria interessante pesquisar sobre outros tipos de Buracos Negros.

CURIOSIDADE:

Eclipse detectado em um Buraco Negro. Um buraco negro pode ser eclipsado, mas como, se ele nem sequer emite luz?

A matéria (gás, na verdade), antes de cair no buraco negro, forma um disco. Nesse disco ela se aquece a temperaturas de milhões de graus, e esse gás emite principalmente raios X. Essa radiação consegue escapar.

Observando o buraco negro super maciço no centro da galáxia NGC 1365 durante 25 horas, uma equipe de astrônomos conseguiu flagrar um eclipse na emissão de raios X. Esta é a primeira vez que um eclipse de buraco negro foi observado!







Pesquisadores encontram supernova mais recente da Via Láctea
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Com o uso do telescópio de raios X Chandra, pesquisadores descobriram a supernova (explosão de uma estrela) mais recente de que se tem notícia na Via Láctea. O corpo espacial explodiu há cerca de 140 anos --antes, o evento desse tipo registrado como o mais novo foi o da supernova Cassiopeia A, que ocorreu por volta de 1680, segundo a Nasa (agência espacial norte-americana).
Supernova é o resultado da explosão de uma estrela, que pode se tornar muito mais brilhante que o Sol, antes de perder força gradualmente. Durante seu período de máximo brilho, a estrela pode iluminar toda uma galáxia.
A explosão joga no espaço uma grande névoa de partículas e gás --cientistas afirmam que as supernovas foram as responsáveis por gerar grande parte dos elementos químicos pesados, como ouro e urânio que são encontrados na Terra.
De acordo com agência espacial dos Estados Unidos, encontrar uma supernova tão recente é o primeiro passo para entender melhor com que freqüência ocorrem explosões de estrelas.
Isso é importante porque as supernovas distribuem uma enorme quantidade de gás e elementos químicos pesados na região em que se encontram --elas podem inclusive estimular a formação de uma nova estrela. Atualmente, estima-se que ocorrem cerca de três explosões de estrelas por século na Via Láctea.
"Se as estimativas sobre as supernovas estiverem corretas, deve haver resquícios de cerca de dez explosões de supernovas que são mais novas que a Cassiopeia A", afirma David Green, da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que dirigiu o estudo. "É ótimo finalmente encontrar uma delas".

Explicado gêiser espacial de uma das luas de Saturno
Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2008


[Imagem: Ilustração artística de Michael Carroll]
Gêiser espacial
Cientistas acreditam ter descoberto a explicação para um dos fenômenos mais intrigantes do nosso Sistema Solar: um jato de água e poeira que sai violentamente do polo sul da lua Encélado em direção ao espaço. Encélado é a sexta maior lua de Saturno.
Uma equipe coordenada pelo físico Jürgen Schmidt, da Universidade de Potsdam, Alemanha, descobriu porque as partículas de poeira na coluna de fumaça emergem mais lentamente do que o vapor de água que escapa da crosta de gelo da lua, o que pode explicar até mesmo a formação de um dos anéis de Saturno.
Os pesquisadores afirmam que as chamadas "partículas de poeira" nada mais são do que grânulos de gelo. O vapor d'água não pode ser a causa da diminuição de velocidade dessas partículas porque os dois tipos de material estão longe demais um do outro para interagirem. Eles sugerem que a alteração na velocidade ocorre ainda abaixo da superfície da lua, antes do jato ser expelido para o espaço de forma parecida a um gêiser.
Equilíbrio em diversos estados
A fumaça escapa por meio de um complexo sistema de rachaduras na crosta de Encélado, vindo de centenas de metros de profundidade. Essas rachaduras têm larguras variáveis, e esta variação altera as condições de temperatura e pressão do vapor, causando a condensação do vapor em grânulos de gelo.
A densidade de vapor necessária para acelerar o grânulos de gelo até as velocidades em que eles saem implica em temperaturas na quais a água líquida pode existir em equilíbrio com o gelo sólido e com a água na forma de vapor, ainda no interior da crosta gelada.
As partículas de gelo, contudo, sofrem incontáveis colisões no interior dos canais antes de chegar à superfície. É esta fricção que faz com que elas sejam ejetadas a uma velocidade menor.
Água no Sistema Solar
A existência de água líquida é um pré-requisito para a existência da vida como a conhecemos. Embora ainda não haja nenhuma evidência de vida em Encélado, a lua de Saturno é um dos poucos lugares onde já foram encontrados sinais de água no Sistema Solar, juntamente com a própria Terra, Marte e a lua Europa, de Júpiter
Todo mundo tem um dia ruim. Tem dias que nada dá certo, as coisas saem erradas e você eventualmente tem vontade de explodir e nessa hora é bom não ter ninguém por perto.
As estrelas também.
No dia 25 de abril, o satélite Swift detectou o que seria a mais violenta expressão de mau humor que uma estrela poderia ter. Uma explosão de alta energia detectada principalmente em raios-X.

Isso já seria surpreendente por si só, pois o Swift é um satélite projetado para detectar explosões de raios gama do universo distante e detectar uma explosão tão violenta de uma estrela nunca esteve em seus planos. Entretanto, este fato se tornou ainda mais surpreendente quando se descobriu que a estrela que estava em um dia ruim era EV Lacertae.
EV Lacertae é uma anã vermelha, o tipo de estrela mais abundante no universo. Ela tem apenas um terço da massa do Sol e brilha com apenas um centésimo da luminosidade dele. Pode ser vista apenas com telescópios com um brilho de magnitude 10 no céu. EV Lac é um dos nossos vizinhos mais próximos, a apenas 16 anos luz de distância.
Com isso tudo, não haveria muito a se dizer desta estrela — ela é relativamente jovem, com algumas centenas de milhões de anos e gira uma vez a cada quatro dias. Comparativamente, nosso Sol gira uma vez a cada quatro semanas.
A explosão foi detectada primeiramente pelo instrumento russo Konus a bordo do satélite Wind da NASA. Dois minutos depois o Swift já apontava seu telescópio de luz ultravioleta e óptica para observá-la. Só que a explosão foi tão intensa que o telescópio automaticamente se desligou por motivos de segurança. A explosão permaneceu intensa durante mais de 8 horas! Durante este período, a estrela aumentou tanto de brilho que se tornou visível a olho nu.

Veja outas descobertas do satélite Swift

A proeminência foi detectada em Dezembro de 2005. Ocorreu numa estrela menos massiva que o Sol, num sistema binário chamado II Pegasi na constelação de Pégaso. Foi cerca de cem milhões de vezes mais energética que a comum proeminência do Sol, libertando uma energia equivalente a mais ou menos 50 bilhões de bombas atômicas.

Em novembro de 2006, o satélite Swift detectou uma tempestade estelar que, caso tivesse ocorrido no Sol, o nosso planeta não teria resistido.

Em março de 2007, detectou a explosão final de uma estrela massiva bateu o recorde de longevidade do espectáculo luminoso. Observações feitas com o satélite SWIFT da NASA revelaram uma emissão de raios gama (gamma-ray burst (GRB) cujo brilho remanescente permaneceu visível durante mais de 125 dias.

Em junho de 2007, o Swift detectou uma violenta explosão que lançou no espaço um jacto de raios X e gama, fenômeno conhecido pelo nome GRB (a sigla em inglesa de "gamma ray b").urst







Em outubro de 2007, detectou a colisão entre estrelas raramente acontece durante a colisão entre as galáxias devido às grandes distâncias entre as estrelas.

Em novembro de 2007, a Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta terça-feira imagens captadas pelo observatório Chandra X-ray e o Satélite Swift daquilo que ela acredita ser o maior buraco negro já observado. O buraco possui entre 24 e 33 vezes a massa do sol.


Espetáculos de luzes e cores realmente não são privilégios apenas da Terra nas festas de final de ano. Efeitos parecidos com fogos de artifício, enfeites natalinos, fenômenos naturais semelhantes aos do planeta azul, entre outros momentos incríveis do desconhecido universo, foram fotografados em 2008, colorindo e dando vida ao tradicional preto do espaço sideral.


Júpiter (esq.) e Vênus ficaram ocultados pela Lua em fenômeno raro, chamado de conjunção (foto: Reuters)

Se não bastassem as milhares de árvores e bugigangas utilizadas no mundo inteiro para celebrar o Natal, parece que as estrelas também resolveram participar da festa. A ESO, agência espacial européia, divulgou imagens de um fenômeno visual raro em que um conjunto de estrelas, conhecido como NGC 2264, formou uma espécie de "árvore natalina" no espaço, com um astro mais brilhante na ponta e os tradicionais adornos azuis brilhantes. O fenômeno se localiza na Constelação de Monoceros (o Unicórnio), a 2,6 mil anos-luz de distância da Terra.


Arte reproduz uma violenta colisão planetária entre astros do sistema binário na distante constelação de Áries (imagem: Reuters)

Assim como as pessoas vivem em condomínios fechados, as estrelas também se juntam em aglomerações conhecidas como "metrópoles estelares". Uma delas, a M13, foi identificada pelo telescópio espacial Hubble, da Nasa, agência espacial americana, na constelação de Hércules, a 25 mil anos-luz da Terra. A M13 possui mais de 100 mil corpos celestes que se mantêm juntos pela ação da gravidade e lá passam todo o período de sua existência se locomovendo em torno do pólo, como um redemoinho. Aos olhos do ser humano, o fenômeno se assemelha a uma bola de neve, como se as estrelas fossem os flocos, devido ao forte brilho gerado.


A supernova G1.9+0.3 é um "bebê" de apenas 140 anos (imagem: AP)

Definitivamente não é somente a Terra que precisa se preocupar com fenômenos naturais que varrem tudo aquilo que está no caminho. Um "tsunami solar", evidentemente muito mais forte que o da Indonésia em dezembro de 2004, foi detectado pelas lentes das espaçonaves gêmeas Stereo, da Nasa, varrendo a atmosfera do Sol a mais de 1 milhão de km/h. Este tipo de tsunami - que naturalmente não envolve água, mas uma onda de pressão - é causado por uma explosão próxima ao Sol, que faz com que um pulso se propague em padrão circular.


O novo planeta orbita a estrela Fomalhaut, na constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral) (Foto: NASA, ESA and P. Kalas (University of California, Berkeley)/Divulgação)

Embora as pesquisas espaciais tenham se concentrado este ano na descoberta de água e na busca de vida em Marte, algumas imagens incríveis do espaço não saíram do planeta vermelho. As principais agências espaciais mundiais também apontaram as câmeras para os planetas menos famosos e alguns até desconhecidos.
No início de dezembro, os três astros mais brilhantes durante a noite - os planetas Vênus e Júpiter e a Lua - proporcionaram um espetáculo astronômico raro de ser observado a olho nu. Eles entraram em conjunção após o pôr-do-Sol, que consiste na lenta aproximação dos três astros até o momento final em que ficam totalmente alinhados, deixando visível da Terra apenas a Lua.


A "árvore espacial" possui os adornos azuis e uma estrela mais brilhante no topo (Foto: ESO/Divulgação )

O WASP-12b, que orbita em torno de uma espécie de bola de fogo - na verdade uma estrela anfitriã -, possui números de assustar qualquer terráqueo. Alem de atingir a incrível marca de 2.250°C, quase a metade da temperatura do Sol (5.500°C), o "infernal" planeta é pouco mais que uma vez maior que Júpiter (maior planeta do Sistema Solar). WASP-12b ficou com o título de planeta mais quente já descoberto.


A aglomeração M13 tem mais de 100 mil estrelas e fica na constelação de Hércules, a 25 mil anoz-luz da Terra (Foto: Nasa/Divulgação)

A exemplo do planeta mais quente, também foi registrada pelas lentes dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer o que pode ser uma das galáxias mais distantes já vistas no universo. A formação, chamada A1689-zD1, foi constituída há mais de 12,8 bilhões de anos.
O ano foi marcado também pelo importante registro da formação de um planeta no interior de um disco de poeira e de gás. O novo corpo celeste não orbita ao redor do Sol, mas em torno de uma jovem estrela com idade entre 8 e 10 milhões de anos.


O tsunami solar foi registrado por câmeras das espaçonaves gêmeas Stereo (Foto: Nasa/Divulgação)

Após oito anos de buscas, um astrônomo americano conseguiu fotografar um exoplaneta pela primeira vez, com uma câmera do telescópio espacial Hubble, a 25 anos-luz do Sistema Solar. No meio de um mar de poeira cósmica vermelha impera solitário o Fomalhaut b, que orbita a estrela Fomalhaut na constelação de Piscis austrinus (Peixe Austral), situada quatro vezes a distância que separa Netuno do Sol.


O novo planeta WASP-12b atinge temperaturas de até 2.250°C (Foto: ESA/Divulgação)

Como seria?
Já imaginou se a Terra se envolvesse em uma violenta colisão planetária? Pesquisadores americanos conseguiram responder a pergunta por meio de uma imagem. A fotografia traz dois planetas da constelação de Áries, semelhantes ao nosso, se chocando e provocando enormes massas de pó flutuante. A poeira cósmica carregou os destroços dos planetas e eles desapareceram em meio à onda de energia produzida pela colisão.


Imagem obtida pelo Hubble mostra uma das mais jovens e brilhantes galáxias já observadas (Foto: Nasa/Divulgação)

Supernova "recém-nascida"
A "bebê" das supernovas - corpos celestes oriundos de grandes explosões estelares -, com apenas 140 anos, foi descoberta este ano pelas lentes de astrônomos americanos. Chamada de G1.9+0.3, a supernova teria causado um flash brilhante quando explodiu há 140 anos que foi visto por causa de poeira. O objeto, que havia sido identificado pela primeira vez em 1985, abre a oportunidade inédita aos cientistas de ver uma estrela morrendo.


O novo planeta não orbita ao redor do Sol, mas em torno de uma jovem estrela com idade entre 8 e 10 milhões de anos, a TW Hydrae

"Os antigos nos avisam desde os tempos mais remotos, deixando sinais do que estaria por vir. Escritos antigos, hieróglifos, desenhos, códigos e imagens transmitem mensagens sobre uma grande catástrofe em nossa era. Estaríamos realmente chegando ao fim? Faltam menos de 1000 dias. Quem está preparado para o que vai acontecer?"

Em diversas culturas ancestrais o ano de 2012 é marcado nos calendários como o “apocalipse”, o “fim do mundo”, “o juízo final”, “o fim de um ciclo” e, nos mais otimistas, “o ano em que esta era terminará e outra, melhor, será iniciada”. Maias, Egípcios, Celtas, Hopis, Nostradamus e diversos profetas, Chineses e Budistas, WebBots, Cientistas e Religiosos das mais diferentes crenças afirmam que algo extraordinário ocorrerá em nosso planeta em 2012 (ou antes). Nunca antes uma data foi tão importante para muitas culturas, para muitas religiões, cientistas e governos.

Mas o que acontecerá na fatídica data de 21 de dezembro de 2012? Para muitos será o dia da aniquilação da raça humana devido a uma inversão dos pólos da Terra. Como isso seria possível? Devido a distúrbios nos campos magnéticos do Sol que, gerando colossais tormentas solares, afetarão a polaridade de todo o nosso planeta. Resultado: o campo magnético terrestre se inverterá imediatamente, com conseqüências catastróficas para a humanidade. Violentos terremotos demolirão todos os edifícios, alimentando tsunamis colossais e atividade vulcânica intensa. Na verdade, a crosta terrestre deslizará, arremessando continentes a milhares de quilômetros de sua localização atual.



Outros falam que grandes cataclismos serão gerados devido a passagem de um "astro/cometa/planeta" perto da Terra. Seria o “Abominável da Desolação” de Jesus, a “Abominação Desoladora” do profeta Daniel, a grande estrela ardente com um facho, chamada "Absinto” do Apocalipse de João, a “Grande Estrela“, “o Grande rei do Terror“, “O Monstro” ou “O Novo Corpo Celeste” de Nostradamus, o “Astro Intruso” ou “Planeta Higienizador” de Ramatis, o “Planeta Chupão” citado por Chico Xavier, ou o “Planeta X” procurado pelos astrônomos, ou o “12º planeta” de Zecharia Sitchin, ou o “Nibiru/ Marduk” dos Sumérios, ou ainda o “Hercólubus” dos estudiosos da Gnose. Para os cientistas da NASA a data desse acontecimento será marcada pelas piores tormentas solares da história.

Para os governos e a ONU algo terrível está para ocorrer com nosso planeta, por isso foi inaugurado no início de 2008 o “cofre do fim do mundo” que visa abrigar sementes de todas as variedades conhecidas no mundo de plantas com valor alimentício.

Outros esperam pelo “Juízo Final” com a separação espiritual do “joio e do trigo” (visão bíblica), que se dará com a chegada de Jesus Cristo, ou através de uma visão mais atual com relação à seres extraterrestres, ou mesmo com o colapso total da civilização humana baseada no materialismo/egoísmo (fim do sistema econômico) e início de uma nova civilização voltada ao espiritualismo, amor e fraternidade. Nesta mesma linha de “juízo final”, a teoria sobre a chegada dos seres extraterrestres se dará após um cataclismo provocado pela chegada do “segundo sol”, ou também conhecido como o "Planeta "X" / Nibiru", citado anteriormente.

Não podemos esquecer que na visão espiritualista do “fim do mundo”, o lado material (catástrofes, fim do dinheiro, materialismo, consumismo, etc) é colocado em segundo plano. Não que isso não acontecerá. Eles falam que sim, mas o que vai separar um mundo do outro é uma mudança consciencial: a consciência egoísta e individualista “sou ser humano, pertenço ao planeta Terra” morrerá e nascerá a consciência universalista “sou a encarnação de um espírito, pertenço ao Universo”. Segundo essa crença, os espíritos reprovados no “juízo final”, ou seja, aqueles que não mudarem a consciência frente as últimas “provas”, serão exilados no "Planeta "X" / Nibiru" e terão que recomeçar do zero todo o processo de reencarnação, enquanto que os aprovados para a nova Terra vão estar livres de recordações do passado e qualquer traço de egoísmo e individualismo. Serão os habitantes da Terra de regeneração (como os espíritas falam).

Para os WebBots (programas dedicados à realizar previsões com base em dados colhidos na rede mundial de computadores) algo devastador vai ocorrer no ano de 2012. Como pode-se notar, muitos têm a sua versão e sua própria previsão do que poderá ocorrer no ano de 2012 (ou até esta data). Mas se notar você vai ver que não será o “fim do mundo”, mas o fim de um tipo de mundo. Não nos restam dúvidas que a nossa civilização está à beira do colapso. Prova maior disso é a atual crise financeira mundial e o aumento das catástrofes naturais, além do agravamento da violência e distúrbios psicológicos. Qualquer um que usar a inteligência e fizer uma análise sobre os fatos mundiais que estão ocorrendo, deve compreender que se não houver uma mudança radical em nossa forma de viver, nossa sociedade não terá como sobreviver por por muito tempo.



O Calendário Maia (A Base Principal)

A mais ou menos 300 anos desaparecia a mais extraordinária civilização pré-colombiana: os Maias. Até hoje os pesquisadores do mundo inteiro se intrigam diante das maravilhas artísticas do conhecimento científicos deixados por eles, cuja proeza civilizatória se compara à dos egípcios na Antigüidade. Os Maias atingiram seu apogeu entre 435 a 830 D.C. e sua cultura estava centrada na concepção que tinham do tempo, distinta da nossa idéia mecanicista e linear da temporalidade. A descoberta do túmulo do rei-sacerdote Pacal Votan na Pirâmide de Palenque no México em 1947 abriu uma nova página nas pesquisas sobre o povo Maia. A decodificação dos sinais contidos do interior do Templo das Inscrições permitiram uma maior compreensão da cultura Maia, que concebiam a Terra como um ser vivo orgânico. Outra característica importante da concepção Maia do tempo é a ênfase em sua manifestação quadrimencional. Nesse ponto, a lógica matemática e física dos Maias aproxima-se da teoria de Albert Einstein, que intuiu a complexidade do tempo como a evidência de uma dinâmica inteligente, cuja compreensão ultrapassa os parâmetros tradicionais do conhecimento humano.

O principal legado cultural dos maias foi seu Calendário Sagrado, o Tzolkin. Treze números e vinte símbolos formam sua matriz, a partir da qual os Maias não só estabeleceram uma extraordinária contagem do tempo, como também reuniram os conteúdos referenciais indispensáveis para que possamos alcançar o verdadeiro equilíbrio interior, a dimensão altruísta necessária para a auto-realização, ou seja, a paz. O Tzolkin explicita ideograficamente a dimensão radial e cíclica do tempo Maia, harmoniosamente sincronizado com os fenômenos da natureza. Graças à exatidão do calendário, o mais perfeito entre os povos mesoamericanos, os Maias eram capazes de organizar suas atividades cotidianas e registrar simultaneamente a passagem do tempo, historiando os acontecimentos políticos e religiosos que consideravam cruciais. Entre os Maias, um dia qualquer pertence a uma quantidade maior de ciclos do que no calendário ocidental. O ano astronômico de 365 dias, denominado Haab, era acrescentado ao ano sagrado de 260 dias chamado Tzolkin. Este último regia a vida da “gente inferior”, as cerimônias religiosas e a organização das tarefas agrícolas. O ano Haab, e o ano Tzolkin formavam ciclos, ao estilo de nossas décadas ou séculos, mas contados de vinte em vinte, ou integrados por cinqüenta e dois anos.

Eles estabeleceram um “dia zero”, que segundo os cientistas corresponde a 12 de agosto de 3113 A.C. Não se sabe o que aconteceu nesse dia, mas provavelmente esta se trata de uma data mítica. A partir deste dia os ciclos se repetiam. Entretanto, a repetição dominava a linearidade. Podiam acontecer coisas diferentes nas datas anteriores de cada período de vinte ou cinqüenta e dois anos, mas cada seqüência era exatamente igual à outra, passada ou futura. Assim diz o Livro de Chilam Balam: “Treze vezes vinte anos, e depois sempre voltará a começar”. A repetição cria problemas para traduzir as datas Maias ao nosso calendário, já que fica muito difícil identificar fatos parecidos de seqüências diferentes. A invasão tolteca do século X se confunde nas crônicas Maias com a invasão espanhola que ocorreu 500 anos depois. Por isso, os livros sagrados dos maias eram simultaneamente textos de história e de predição do futuro. Na perspectiva Maia, passado, presente e futuro estão em uma mesma dimensão. Sabe-se que foram feitas previsões futurísticas através do calendário Maia, como o da a chegada do homem branco. Hernan Cortez em 8 de Novembro de 1519, muito tempo antes, e o fato realmente aconteceu. Estudando-se o Calendário Maia, verificou-se que o mesmo indica que algo muito grave acontecerá em nosso planeta no solstício de 21/12/2012, data em que se encerra um "ciclo" temporal em seu curso. Esse acontecimento na data citada será tão grave e tremendo, que o mundo conforme conhecemos desaparecerá. Consultando-se astrônomos foi verificado que realmente haverá um solstício em nosso planeta em 21/12/2012, fato em que o Sol se alinhará com o centro de nossa galaxia, a Via Lactea.



Segundo cientístas, esse fenômeno manipulará uma grande quantidade de energia no espaço como um todo, podendo provocar muitos fenômenos, como uma tempestade de raios cósmicos sobre o planeta terra, com grande incidência de Raios Gama*, o que seria fatal sobre a vida existente em nosso planeta, ou mesmo um efeito eletromagnético intenso, alterando dessa forma a inclinação do eixo magnético do nosso planeta, o que também seria fatídico para nossa existência. Para o planeta terra Terra, as conseqüências de uma descarga massiva de raios gama seriam devastadoras. Raios Gama* de alta potência poderiam afetar todas as formas de vida do planeta e destruir a camada de ozônio, deixando a Terra vulnerável aos raios ultravioleta do Sol, provocando naqueles que conseguirem sobreviver, algo imensamente terrível.



Os Planetas Principais do Sistema Solar




O Sistema Solar é constituido por oito planetas principais:
Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno.

Podes também consultar a nossa página sobre planetas anões.

MERCÚRIO






Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exactamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um processo de contracção, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação.



VÉNUS






Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa actividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efectuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500º C, devido ao ?efeito de estufa?. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogénio.



TERRA





A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectónicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos.


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MARTE


Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda ?Viking Orbiter? da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma distância média de 228 milhões de quilómetros. A sua trajectória é marcadamente elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura.



JÚPITER




O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espectacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A formação mais espectacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.



SATURNO


Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas ?Voyager?, Saturno tornou-se uma atracção universal.
Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogénio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas nas latitudes altas.


URANO


O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.

É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.




NETUNO




A órbita de Netuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de Quilómetros do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogénio e hélio, com uma pequena percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta.





O Sistema Solar é constituído pelo Sol e por um conjunto de objetos astronômicos que se ligam ao Sol através da gravidade. Acredita-se que esses corpos tenham sido formados por meio de um colapso de uma nuvem molecular gigante há 4,6 bilhões de anos atrás. Entre os muitos corpos que orbitam ao redor do Sol, a maior parte da massa está contida dentro de oito planetas relativamente solitários,[e] cujas órbitas são quase circulares e se encontram dentro de um disco quase plano, denominado de "plano da eclíptica". Os quatro menores planetas (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) são conhecidos como planetas telúricos ou sólidos, encontram-se mais próximos do Sol e são compostos principalmente de metais e rochas. Os quatro maiores planetas (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) encontram-se mais distantes do Sol e concentram mais massa do que os planetas telúricos, sendo também chamados de planetas gasosos. Os dois maiores, Júpiter e Saturno, são compostos em sua maior parte de hidrogênio e hélio. Urano e Netuno, conhecidos também como "planetas ultraperiféricos", são cobertos de gelo, sendo às vezes referidos como "gigantes de gelo", apresentando também em suas composições água, amônia, metano, etc.
O Sistema Solar também o lar de outras duas regiões povoadas por objetos menores. O cinturão de asteroides está situado entre Marte e Júpiter e sua composição se assemelha à dos planetas sólidos. Além da órbita de Netuno, encontram-se os "objetos transnetunianos", com uma composição semelhante a dos planetas gasosos. Dentro destas duas regiões, existem outros cinco corpos individuais. São eles: Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Éris, denominados de planetas anões.[e] Além de milhares de corpos pequenos nestas duas regiões, vários outras populações de pequenos corpos que viajam livremente entre as regiões, como cometas, centauros.
O vento solar, fluxo de plasma do Sol, é responsável por criar uma bolha no meio interestelar conhecida como heliosfera, que se estende até a borda do disco disperso. A hipotética nuvem de Oort, que atua como fonte de cometas durante um longo período, pode estar a uma distância de aproximadamente dez mil vezes maior do que a heliosfera.
Seis dos planetas e três planetas anões são orbitados por satélites naturais,[b] normalmente conhecidos como "luas", depois da Lua da Terra. Os planetas gasosos são cercados por anéis planetários compostos de poeira e outras partículas.

Descoberta e exploração
Durante milhares de anos, a humanidade, com poucas e notáveis exceções, não reconheceu a existência do Sistema Solar. As pessoas acreditavam que a Terra era estacionária no centro do universo e categoricamente diferente dos objetos que se moviam no céu. Embora o filósofo grego Aristarco de Samos tenha afirmado sobre uma possível reordenação heliocêntrica no universo,[1] Nicolau Copérnico foi o primeiro a desenvolver um sistema matemático de previsão heliocêntrica. No século XVII, Galileu Galilei, Johannes Kepler e Isaac Newton desenvolveram uma compreensão física que levou à aceitação da ideia de que a Terra e os outros planetas são regidos pelas mesmas leis físicas que regem o planeta Terra.
Estrutura
As órbitas dos planetas do Sistema Solar se encontram ordenadas a distâncias do Sol crescentes de modo que a distância de cada planeta é aproximadamente o dobro do que o planeta imediatamente anterior. Esta relação vem expressada matematicamente através da Lei de Titius-Bode, uma fórmula que resume a posição dos semieixos maiores dos planetas em unidades astronômicas (UA). Em sua forma mais simples se escreve:
onde = 0, 1, 2, 4, 8, 16, 32, 64, 128, ainda que pode chegar a ser complicada.
Nesta formulação, a órbita de Mercúrio se corresponde com (k=0) e semieixo maior 0,4 UA, e a órbita de Marte (k=4) se encontra em 1,6 UA. Na realidade, as órbitas se encontram em 0,38 e 1,52 UA. Ceres, o maior asteroide, encontra na posição k=8. Esta lei não se ajusta a todos os planetas (por exemplo, Netuno, que está mais acerca do que prediz esta lei). No momento não há uma explicação da Lei de Titius-Bode e muitos científicos consideram que se trata tão só de uma coincidência.
Tabela resumida do Sistema Solar
As distâncias dos planetas de Mercúrio a Saturno, incluindo-se um buraco para os asteroides, segue aproximadamente a Lei de Titius-Bode.
Nome Diâmetro
(km) Distância média
ao Sol (km) Massa do planeta
(Terra = 1)
Sol
1 392 000 - 332 946
Mercúrio
4 880 57 910 000 0,1
Vênus
12 104 108 208 930 0,9
Terra
12 756 149 597 870 1
Marte
6 794 227 936 640 0,1
Júpiter
142 984 778 412 010 318
Saturno
120 536 1 426 725 400 95
Urano
51 118 2 870 972 200 15
Netuno
49 572 4 498 252 900 17
A dimensão astronômica das distâncias no espaço
Para uma noção da dimensão astronômica das distâncias no espaço deve-se fazer cálculos e usar um modelo que permita uma percepção mais clara do que está em jogo. Por exemplo, um modelo reduzido em que o Sol estaria representado por uma bola de futebol (de 22 cm de diâmetro). A essa escala, a Terra ficaria a 23,6 metros de distância e seria uma esfera com apenas 2 mm de diâmetro (a Lua ficaria a uns 5 cm da Terra, e teria um diâmetro de uns 0,5 mm). Júpiter e Saturno seriam berlindes com cerca de 2 cm de diâmetro, respectivamente a 123 e a 226 metros do Sol. Plutão ficaria a 931 metros do Sol, com cerca de 0,36 mm de diâmetro. Quanto à estrela mais próxima, a Proxima Centauri, essa estaria a 6332 km do Sol, enquanto a estrela Sírio a 13 150 km.
Se o tempo de uma viagem da Terra à Lua, a cerca de 257 000 km/hora, fosse de uma hora e um quarto, levaria-se cerca de três semanas terrestres para se ir da Terra ao Sol, 3 meses se ir a Júpiter, sete meses para Saturno e cerca de dois anos e meio a chegar a Plutão e deixar o nosso sistema solar. A partir daí, a essa velocidade, levar-se-ia 17 600 anos até chegar à estrela mais próxima, e 35 000 anos até Sírio.
Interior
O interior do Sistema Solar corresponde à região onde se localizam os planetas e asteroides.[2] É composto principalmente de metais e silicato. Os objetos do Sistema Solar estão relativamente próximos do Sol. O raio de toda esta região é menor do que a distância entre Júpiter e Saturno.
Planetas telúricos


Planetas telúricos. Da esquerda para a direita: Mercúrio, Vênus, Terra e Marte (tamanhos e distâncias interplanetárias fora de escala).
Os planetas telúricos ou planetas interiores são densos, têm uma composição rochosa, e neles não existem anéis. São compostos principalmente de minerais, como o silicato, que forma o manto e a crosta desses planetas, e metais, como o ferro e o níquel, que formam seus núcleos. Três dos quatro planetas têm uma atmosfera significativa, todos têm impactos de crateras e características de uma superfície tectônica, tais como rift e vulcões. O termo "planeta interior" não deve ser confundido com "planeta inferior", este termo designa os planetas que estão mais próximos do Sol do que a Terra, ou seja, Mercúrio e Vênus.
Mercúrio
Mercúrio está a 0,4 unidades astronômicas do Sol e é o menor dos oito planetas do Sistema Solar (0,055 massas terrestres). Não possui nenhum satélite natural. Suas características geológicas são conhecidas. O planeta possui impactos de crateras e escarpas, provavelmente produzidas durante um período de contração no início de sua história.[3] Sua atmosfera é quase insignificante, sua superfície e composta de átomos ejetados pelo vento que vem da energia solar.[4] Seu núcleo, composto principalmente de ferro, é relativamente grande e seu manto é fino. Hipóteses explicam que suas camadas mais externas foram descascadas por um impacto gigante.[5][6]
Vênus
Vênus está a 0,7 unidades astronômicas do Sol, quase do tamanho da Terra (equivalente a 0,815 massas terrestres). Assim como a Terra, Vênus possui um manto composto de silicato em torno de um núcleo de ferro. Entretanto, o planeta é muito mais seco do que a Terra e sua atmosfera é cerca de noventa vezes mais densa. Assim como Mercúrio, não possui satélites naturais. É o planeta mais quente do Sistema Solar, com temperaturas que podem chegar até 480°C, provavelmente devido à quantidade de gases de efeito estufa presentes em sua atmosfera.[7] Não há evidências definitivas atuais de que tenham sido detectadas atividades geológicas em Vênus, mas não possui campo magnético, que poderia evitar o esgotamento das substâncias da atmosfera. Isso faz com que atmosfera seja regularmente abastecida por erupções vulcânicas.[8]
Terra
Situa-se a uma unidade astronômica a partir do Sol e é o mais denso dos planetas telúricos, conhecida pela sua atividade geológica. Acredita-se que a Terra é o único lugar que tenha vida no universo.[9] É a única hidrosfera líquida entre os planetas telúricos, assim como o único planeta onde placas tectônicas têm sido observadas. A atmosfera terrestre é diferente se comparada a dos outros planetas, entre elas a presença de 21% de gás oxigênio, capaz de gerar vida.[10] Seu único satélite natural é a Lua, um dos grandes satélites de um planeta do sistema solar.
Marte

Marte se situa a 1,5 unidades astronômicas do Sol, menor que a Terra e Vênus (sua massa corresponde a 0.107 massas terrestres). Sua atmosfera é composta principalmente de dióxido de carbono, com uma pressão superficial de 6,1 milibares (aproximadamente 0,6 da pressão superficial terrestre).[11] Existem no planeta vastos vulcões como o Olympus Mons e aberturas de vales como o Valles Marineris, o que mostra que a atividade geológica pode ter persistido recentemente ou a dois mil anos atrás.[12] A sua cor avermelhada provém do óxido de ferro (ferrugem) em seu solo.[13] Possui dois satélites naturais (Fobos e Deimos), provavelmente asteroides capturados.[14]
Os planetas anões
Planeta anão é um corpo celeste muito semelhante a um planeta, dado que orbita em volta do Sol e possui gravidade suficiente para assumir uma forma com equilíbrio hidrostático (aproximadamente esférico), porém não possui uma órbita desimpedida, orbitando com milhares de outros pequenos corpos celestes.
Ceres, que até meados do século XIX era considerado um planeta principal, orbita numa região do sistema solar conhecida como cinturão de asteroides. Por fim, nos confins do sistema solar, para além da órbita de Netuno, numa imensa região de corpos celestes gelados, encontram-se Plutão e o recentemente descoberto Éris. Até 2006, considerava-se, também, Plutão como um dos planetas principais. Hoje, Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea são considerados como "planetas anões”
As luas e os anéis
Satélites naturais ou luas são objetos de dimensões consideráveis que orbitam os planetas. Compreendem pequenos astros capturados da cintura de asteroides, como as luas de Marte e dos planetas gasosos, até astros capturados da cintura de Kuiper como o caso de Tritão no caso de Neptuno ou até mesmo astros formados a partir do próprio planeta através do impacto de um protoplaneta, como o caso da Lua da Terra.
Os planetas gasosos têm pequenas partículas de pó e gelo que os orbitam em enormes quantidades, são os chamados anéis planetários, os mais famosos são os anéis de Saturno.
Corpos menores
A classe de astros chamados "corpos menores do sistema solar" inclui vários objetos diferenciados como são os asteroides, os transneptunianos, os cometas e outros pequenos
Asteroides
Os asteroides são astros menores do que os planetas, normalmente em forma de batata, encontrando-se na maioria na órbita entre Marte e Júpiter e são compostos por partes significativas de minerais não-voláteis. A região em que orbitam é conhecida como Cintura de asteroides. Nela localiza-se também um planeta anão, Ceres, que tem algumas características próprias de asteroide, mas não é um asteroide. Estes são subdivididos em grupos e famílias de asteroides baseados em características orbitais específicas. Nota-se que existem luas de asteroides, que são asteroides que orbitam asteroides maiores, que, por vezes, são quase do mesmo tamanho do asteroide que orbitam.
Os asteroides troianos estão localizados nos pontos de Lagrange dos planetas, e orbitam o Sol na mesma órbita que um planeta, à frente e atrás deste.
As sementes das quais os planetas se originaram são chamadas de planetésimos: são corpos subplanetários que existiram durante os primeiros anos do sistema solar e que não existem no sistema solar recente. O nome é também usado por vezes para referir os asteroides e os cometas em geral ou para asteroides com menos de 10 km de diâmetro.
Centauros
Os centauros são astros gelados semelhantes a cometas que têm órbitas menos excêntricas e que permanecem na região entre Júpiter e Netuno, mas são muito maiores que os cometas. O primeiro a ser descoberto foi Quíron, que tem propriedades parecidas com as de um cometa e de um asteroide.
Transneptunianos
Os transneptunianos são corpos celestes gelados cuja distância média ao Sol encontra-se para além da órbita de Neptuno, com órbitas superiores a 200 anos e são semelhantes aos centauros.
Pensa-se que os cometas de curto período sejam originários desta região. Os planetas anões Plutão e Éris encontram-se, também, nesta região.
O primeiro transnetuniano foi descoberto em 1992. No entanto, Plutão, que já era conhecido há quase um século, orbita nesta região do sistema solar.
Meteoroides
Os meteoroides são astros com dimensão entre 50 metros até partículas tão pequenas como pó. Astros maiores que 50 metros são conhecidos como asteroides. Controversa continua a dimensão máxima de um asteroide e mínima de um planeta. Um meteoroide que atravesse a atmosfera da Terra passa a se denominar meteoro; caso chegue ao solo, chama-se meteorito.
Cometas



Cometa Hale-Bopp
Cometas são corpos menores do Sistema Solar, tipicamente com poucos quilômetros de tamanho, compostos basicamente de gelos voláteis. Eles têm órbitas altamente excêntricas, geralmente com um periélio dentro da órbita de um dos planetas interiores e um afélio bem depois de Plutão. Quando um cometa entra no Sistema Solar interior, sua proximidade do Sol causa a sublimação e ionização do gelo na superfície, criando uma coma: uma longa caudade de gás e poeira às vezes visível a olho nu.
Cometas de curto período tem órbitas de menos de duzentos anos enquanto de longo período tem de mais mil anos. Acredita-se que os de curta duração foram formados no cinturão de Kuiper, enquanto os de longo período, como por exemplo o Hale-Bopp, foram formados na nuvem de Oort. Muitos grupos de cometas, tais como os Kreutz Sungrazers, foram formados da divisão de um único corpo.[15] Alguns cometas com órbitas hiperbólicas podem ter sido formados fora do Sistema Solar, mas determinar sua órbita precisa é difícil.[16] Cometas antigos que já perderam todos os gases voláteis pelo aquecimento do Sol são algumas vezes categorizados como asteróides.[17]
Centauros

Os centauros são corpos de gelo semelhantes aos cometas com um semi-eixo maior que Júpiter (5,5 UA) e menor que Netuno (30 UA). O maior centauro conhecido, 10199 Chariklo, tem um diâmetro aproximado de 250 km.[18] O primeiro centauro descoberto, 2060 Chiron, foi reclassificado como cometa (95P) uma vez que desenvolveu uma coma assim como um cometa ao se aproximar do Sol.[19]
Região transneptuniana
A área após Netuno, ou a "região transneptuniana", ainda é amplamente inexplorada. Parece consistir de forma preponderante de pequenos planetas (o maior tendo um quinto do diâmetro da Terra e a massa menor que a da Lua) compostos basicamente de rocha e gelo. Esta região é algumas vezes conhecida como o "Sistema Solar exterior", embora outros usem o termo para se referir a região além do cinturão de asteróides.
Cintura de Kuiper



Disposição de todos os objetos conhecidos do cinturão de Kuiper, posicionados em relação aos quatro planetas exteriores.
A cintura de Kuiper, ou cinturão de Kuiper, é um grande anel de detritos semelhantes ao cinturão de asteroides, onde o gelo é a sua principal composição. Estende entre trinta e cinquenta unidades astronômicas do Sol. Contém muitos dos pequenos corpos do Sistema Solar. Entretanto, muitos dos maiores corpos da cintura de Kuiper, como Quaoar, Varuna e Orcus, são classificados como planetas anões. Estima-se que mais de cem mil corpos do cinturão de Kuiper tenham diâmetro superior a cinquenta quilômetros, embora sua massa seja correspondente a apenas um décimo ou um centésimo da massa da Terra.[20] Alguns objetos do cinturão têm inúmeros satélites,[21] e alguns outros têm órbitas que o levam fora da classificação do plano da eclíptica.[22]
O cinturão de Kuiper pode dividido a grosso modo em um cinturão "clássico" e os ressonantes, que tem a órbita ligada a Netuno (e.g. duas vezes para cada três de Netuno, ou uma para cada duas). A primeira ressonância começa dentro da própria órbita de Netuno. O cinturão clássico consiste de objetos que não tem ressonância com Netuno, e se extendem por aproximadamente 39,4 47,7 UA.[23] Membros do cinturão clássico são classificados como cubewanos, após o primeiro do tipo ter sido descoberto, (15760) 1992 QB1, e estão situados primordiamente em um órbita de baixa excentricidade.[24]
Plutão e Caronte


Comparação entre Éris, Plutão, Makemake, Haumea, Sedna, Orcus, 2007 OR10, Quaoar, e a Terra (todos em escala)
Plutão (39 AU em média), um planeta anão, é o maior objeto conhecido no cinturão de Kuiper. Quando descoberto em 1930, foi considerado o nono planeta; isto foi alterado em 2006 com a adoção formal da definição de planeta. Plutão tem uma órbita consideravelmente excêntrica inclinada em 19 graus em relação ao plano eclíptico e variando de 29,7 UA a partir do Sol no perihélio (dentro da órbita de Netuno) para 49,5 UA no afélio.
Caronte, a maior lua de Plutão, é algumas vezes descrita como parte de um sistema binário com Plutão, uma vez que os dois corpos orbitam um centro de massas de gravidade sobre suas superfícies (i.e., eles parecem "orbitar um ao outro"). Além de Caronte outras duas luas menores, Nix e Hidra, orbitam o sistema.
Plutão tem uma ressonância orbital de 3:2 com Netuno, o que significa que Plutão orbita duas vezes ao redor do Sol a cada três órbitas completas de Netuno. Objetos do cinturão de Kuiper que também têm esta ressonância são denominados plutinos.[25]
Haumea e Makemake
Haumea (43.34 AU em média) e Makemake (45.79 AU em média), embora sejam menores que plutão, são os maiores objetos conhecidos no cinturão "clássico", ou seja, não estão em ressonância com a órbita de Netuno. Haumea tem o formato de um ovo e possui duas luas enquanto Makemate é o objeto mais brilhante do cinturão de Kuiper depois de Plutão. Originalmente denominados 2003 EL61 e 2005 FY9 respectivamente, eles foram recategorizados como planetas anões em 2008.[26] Suas órbitas estão mais inclinadas que a de Plutão, com 28° e 29° respectivamente.[27]
Disco disperso

Acredita-se que o disco disperso, que sobrepõe o cinturão de Kuiper mas se extende muito mais além, seja a fonte de cometas de curto período e que objetos da região tenham sido ejetados em órbitas erráticas pela influência gravitacional da migração de Netuno. A maioria dos objetos do disco disperso tem o perihélhio dentro do cinturão de Kuiper mas o afélio estão a mais de 150 UA do Sol. A órbita destes objetos são altamente inclinadas em relação ao plano elíptico, e alguns são quase perpendiculares a este. Alguns astrônomos consideram que o disco disperso seja meramente outra regão do cinturão de Kuiper, e descrevem os objetos do disco disperso como "objetos do cinturão de Kuiper dispersos."[28] Alguns astrônomos também classificam os centauros como objetos internos do cinturão de Kuiper junto com os objetos externos do disco.[29]
Éris
Éris é o maior objeto conhecido do disco disperso e causa debate se deve ser classificado como um planeta uma vez que sua massa é 25% superior a de Plutão[30] e com quase o mesmo diâmetro. É o mais massivo dos planetas anões conhecidos e tem uma lua, Disnomia. Assim como Plutão, sua órbita é altamente excêntrica com um perihélio de 38.2 UA (aproximadamente a distância de Plutão do Sol) e um afélio de 97.6 UA, de forma inclinada ao plano eclíptico.
Regiões mais distantes
O ponto em que o Sistema Solar termina e o espaço interestelar começa não é precisamente definido, uma vez que as fronteiras externas são formadas por duas forças distintas: o vento e a gravidade solar. O limite exterior da inflência do vento solar é definido como aproximadamente quatro vezes a distância de Plutão do Sol; esta heliopausa é considerada o começo do meio interestelar.[31] Entretanto acredita-se que a esfera de Hill do Sol, o alcance efetivo de seu domínio gravitacional, se extende por mil vezes esta distância.[32]
Heliopausa


Representação da Voyager entrando na heliosheath.
A Heliosfera é dividia em duas regiões separadas. O vento solar viaja a uma velocidade aproximada de 400 km/s até colidir com o vento interestelar; o fluxo de plasma no meio interestelar. A colisão ocorre na zona de choque terminal, que está a cerca de 80–100 UA a partir do Sol no sentido do meio interestelar e cerca de 200 UA a partir do meio interestelar no sentido do Sol. Neste ponto o vento diminui drasticamente, condensa e se torna mais turbulento,[33] formando uma grande estrutura oval conhecida como heliosheath. Acreditava-se que esta estrutura foesse parecida e se comportasse como a cauda de um cometa, se extendo por mais de 40 UA no sentido do vento entretanto evidências da sonda Cassini-Huygens e do satélite Interstellar Boundary Explorer tem sugerido que esta é de fato no formato de uma bolha devido a ação de contração do campo magnético do meio interestelar.[34] Tanto a Voyager 1 quanto Voyager 2 relataram ter passado pela zonha de choque terminal entrenado na heliosheath a uma distância de 94 e 84 UA a partir do Sol, respectivamente.[35][36] A fronteira externa da heliosfera, a Heliopausa, é o ponto em que o vento solar finalmente termina e começa o espaço interestelar médio.[31]
O aspecto e a forma da margem externa da heliosfera parecem ser afetados pela dinâmica dos fluidos da interação com o meio interestelar[33] assim como pelo campo magnético solar prevalece sobre o sul, e.g. distorcendo o norte da heliosfera que se extende por 9UA além do hemisfério sul. Além da heliopausa, a cerca de 230 UA reside o bow shock, um "rastro" de plasma deixado pelo Sol a medida que este viaja pela Via Láctea.[37]
Nenhuma espaçonave ultrapassou ainda a heliopausa, portanto é impossível saber com certeza as condições do espaço interestelar. A expectativa é de que as sondas do Programa Voyager irão ultrapassar a heliosfera em algum ponto dentro da próxima década e transmitir dados importantes sobre os níveis de radiação e vento solar de volta para a Terra.[38] o quão bem a heliosfera protege o Sistema Solar dos raios cósmicos ainda é pouco entendido. Uma equipe financiada pela NASA tem desenvolvido um conceito de "Vision Mission" dedicado a enviar sondas para a heliosfera.[39][40]
Nuvem de Oort


Representação artística da nuvem de Oort, os Hills Cloud e o cinturão de Kuiper belt
A hipotética nuvem de Oort é uma nuvem esférica com mais de um trilhão de objetos glaciais que acredita-se ser a fonte de todos os cometas de longos períodos que cercam o Sistema Solar a uma distância aproximada de 50,000 UA (em torno de 1 ano-luz), e possivelmente até a distância de 100,000 UA. Acredita-se que seja composta de cometas que foram ejetados do Sistema Solar interior pela interação gravitacional dos planetas externos. Os objetos da nuvem de Oort se movem muito devagar, e podem ser pertupados por eventos infrequentes tais como colisões, efeitos gravitacionais de uma estrela em trânsito, ou a maré galáctica, a força de maré exercida pela Via Láctea.[41][42]
Sedna
90377 Sedna (525.86 UA em média) é um grande objeto avermelhado parecido com Plutão com uma orbita gigante altamente elíptica que tem 76 Ua no periélio e 928 UA no afélio e leva 12050 de período orbital. Michael E. Brown, que descobriu o objeto em 2003, afirma que este não pode ser parte do disco disperso ou do cinturão de Kuiper pois seu periélio é muito distante para ser afetado pela migração de Netuno. Ele e outros astrônomos consideram que seja o primeiro objeto de uma nova população, que pode também incluir o objeto 2000 CR105, que tém um perihélio de 45 UA e um afélio de 415 AU com um período orbital de 3420 anos.[43] Brown denominou esta população como "Nuvem de Oort interior", podendo ter sido formada por um processo similar, embora esteja mais próxima do Sol.[44] Sedna é parecido com um planeta anão, embora seu formato ainda não tenha sido determinado com certeza.
Fronteiras

Muito do nosso Sistema Solar ainda é desconhecido. Estima-se que o campo gravitacional solar supera a forma das estrelas próximas num raio de dois anos-luz (125 mil UA). Estimativas inferiores para o raio da nuvem de Oort, por outro lado, não o colocal a mais de 50,000 UA.[45] Apesar de descobertas tais como de Sedna, a região entre o cinturão de Kuiper e a nuvem de Oort, uma área com dezenas de milhares de unidades astronômicas de raio está virtualmente não-mapeada. Existem também estudos em desenvolvimento para a região entre Mercúrio e o Sol,[46] e objetos ainda podem ser descobertos nas regiões não-mapeadas do Sistema Solar.
Contexto galáctico


Locazização do Sistema Solar dentro da Via Láctea.
O Sistema Solar está localizado em uma galáxia denominada Via Láctea, uma galáxia espiral barrada, com um diâmetro de cerca de cem mil anos-luz, contendo cerca de 200 bilhões de estrelas.[47] A nossa estrela, o Sol, está residida em um dos braços exteriores da Via Láctea em espiral, conhecida como Braço de Órion.[48] O Sol se localiza entre vinte e cinco e vinte e oito mil anos-luz do centro galáctico,[49] e sua velocidade dentro da Via Láctea é de cerca de duzentos e vinte quilômetros por segundo, levando cerca de 225–250 milhões de anos até completar uma revolução. Essa revolução é conhecida como o ano galáctico do Sistema Solar. O ápice solar, que é a direção do caminho do Sol no espaço interestelar, localiza-se próximo à constelação de Hércules, na atual direção de uma estrela brilhante, conhecida como Vega.[50] O plano da eclíptica do Sistema Solar está em um ângulo de aproximadamente sessenta graus em relação ao plano galáctico.[f]
Acredita-se que a localização do Sistema Solar na nossa galáxia tenha sido um fator na evolução da vida terrestre. Sua órbita não é circular e, sim, elíptica, com uma velocidade quase igual a dos braços espirais, o que significa que passa por eles apenas raramente. Os braços espirais são o lar de uma concentração muito maior de supernovas potencialmente perigosos, que deram longos períodos de estabilidade interestelar na Terra até a vida evoluir.[51] O Sistema Solar está fora do entorno de estrelas movimentadas do centro galáctico. Próximo ao centro, empuxos gravitacionais de estrelas próximas chegam a perturbar corpos na nuvem de Oort e enviar muitos cometas no interior do Sistema Solar, que acabam produzindo catastróficas consequências para a vida na Terra. A intensa radiação do centro galáctico também pode interferir com o desenvolvimento de uma vida complexa.[51] Mesmo com a atual localização do Sistema Solar, alguns cientistas têm a hipótese de que uma supernova recente pode ter prejudicado a vida nos últimos 35 mil anos, pelo fato de ter arremessado pedaços expulsos do núcleo estelar para o Sol como grãos de poeira radioativa e maiores, os corpos de cometa.[52]
Vizinhança
A vizinhança galáctica próxima do Sistema Solar é conhecida como Nuvem Interestelar Local, uma area de densas nuvens de uma outra forma esparsa conhecida como Bolha Local, uma cavidade em forma de ampulheta no meio interestelar com aproximadamente 300 anos-luz de comprimento. Esta bolha é repleta de plasma de alta temperatura o que sugere ser o produto de uma supernova recente.[53]
Existem relativamente poucas estrelas dentro de uma distância de dez anos-luz do Sol. A estrela mais próxima é o sistema triplo de estrelas Alpha Centauri, que está a 4,4 anos-luz de distância. Alpha Centauri A e B são um par de estrelas parecidas com o Sol, enquanto a pequena anã vermelha Alpha Centauri C (também conhecida como Proxima Centauri) orbita este par a uma distância de 0,2 anos-luz. As próximas estrelas perto do Sol são as anãs vermelhas Estrela de Barnard (a 5,9 anos-luz), Wolf 359 (7,8 anos-luz) e Lalande 21185 (8.3 anos-luz). A maior estrela numa distância de dez anos-luz é Sírius, uma estrela na sequência principal estelar com aproximadamente o dobro da massa solar e orbitada por uma anã branca chamada Sírius B, situada a 8,6 anos-luz. As estrelas restantes dentro de dez anos-luz são o sistema binário de anãs vermelhas Luyten 726-8 (8,7 anos-luz) e a anã vermelha solitária Ross 154 (9,7 anos-luz).[54] A estrela mais próxima parecida com o Sol é Tau Ceti, que dista 11,9 anos-luz de distância e tem uma massa de aproximadamente 80% da solar, mas com apenas 60% da luminosidade solar.[55] O planeta extrasolar mais próximo do Sistema Solar está situado na estrela Epsilon Eridani que é ligeiramente mais escura e vermelha que o Sol, distando 10,5 anos-luz de distância. Existe um planeta confirmado Epsilon Eridani b, que tem aproximadamente 1,5 vezes a massa de Júpiter e tem um período orbital de 6,9 anos terrestres.[56]


Uma série de cinco mapas estelares que mostram a localização da Terra no Sistema Solar, do Sol na vizinhança, na área próxima da via Láctea, e no local do grupo de Galáxias, e no supercluster de galáxias.
Formação e evolução


Linha de tempo projetada para o Sol.
O Sistema Solar foi formado pelo colapso gravitacional de uma nuvem molecular há 4,568 bilhões de anos.[nota 1] Esta nuvem inicial era tinha provavelmente vários anos-luz de diâmetro e deu origem a várias estrelas.[58]
Como a região que se tornaria o Sistema Solar, conhecida como a névoa pré-solar,[59] colapsou a conservação do momento angular a fez girar mais rápido. O centro, onde a maioria da massa se agrupou, tornou-se progressivamente mais quente que o disco a volta com uma quente e densa protoestrela ao centro.[60][61] Neste ponto de sua evolução, acredita-se que o sol tenha sido uma Estrela T Tauri. Estudos das estrelas T Tauri demonstra que elas algumas vezes são acompanhadas de um disco de matéria pré-planetário com 0,001–0.1 massas solares, com a grande maioria da massa da névoa na própria estrela.[62] Os planetas foram formados pela acreção deste disco.[63]
Dentro de 50 milhões de anos, a pressão e a densidade do hidrogênio no centro da protoestrela tornaram-se grandes o suficiente para começar a fusão termonuclear.[64] A temperatura, velocidade de reação, pressão, e densidade aumentaram até que o equilíbrio hidroestático foi alcançado, com a energia termal contendo a força da contração gravitacional. Neste ponto o sol se tornou uma estrela completa da sequência principal.[65]
O Sistema Solar como nós conhecemos irá durar até o Sol começar a sair da sequência principal do diagrama de Hertzsprung-Russell. Como o Sol queima seu suprimento de hidrogênio combustívl, a energia que mantém o núcleo tende a decrescer, causando o colapso do mesmo. O aumento da pressão aquece o núcleo, que queima mais rápido e como resultado, o Sol está se tornando mais brilhante a uma taxa de aproximadamente dez porcento a cada 1,1 bilhão de anos.[66]
Daqui a aproximadamente 5,4 bilhões de anos, o Hidrogênio no núcleo irá terá sido completamente convertido em Hélio, terminando a fase da sequência principal. Com o término da reação de hidrogênio, o núcleo irá se contrair ainda mais, aumentando a pressão e a temperatura, causando a fusão que inicia o processo do Hélio. O Hélio no núcleo queima a uma temperatura muito maior, e a energia de saída será muito maior que durante o processo do hidrogênio. Neste período, a camada externa do solar irá se espandir a aproximadamente 260 vezes o atual diâmetro e a estrela se tornará uma gigante vermelha. Por causa deste aumento da área de superfície, esta irá ser consideravelmente mais fria do que na sequência principal (2600 K a mais fria).[67]
Eventualmente, o Hélio no núcleo irá se exaurir numa taxa muito mais rápida do que o hidrogênio, e a fase de combustão será apenas uma fração de tempo comparada com a do Hidrogênio. O sol não é massivo o suficiente para começar a fusão de elementos mais pesados, e as reações nucleares no núcleo irão definhar. Suas camadas externas cairão no espaço deixando uma anã branca, um objeto extraordinariamente denso, com metade da massa original do Sol porém com apenas o tamanho da Terra.[68] As camadas externas ejetadas irão formar o que é conhecido como a nebulosa planetária, retornando parte do material que formou o Sol para o meio interestelar.

Cosmogonia (do grego κοσμογονία; κόσμος "universo" e -γονία "nascimento") é o termo que abrange as diversas lendas e teorias sobre as origens do universo de acordo com as religiões, mitologias e ciências através da história.

Cosmologia e Cosmogonia
Tanto cosmologia como cosmogonia partilham do mesmo radical grego cosmo, que significa mundo. Enquanto o sufixo logos da cosmologia designa saber ou ciência, o sufixo gon da cosmogonia lhe dá o significado de "Imaginar, produzir, gerar", discernindo daí que enquanto a cosmologia é a ciência que estuda o universo, a cosmogonia é uma das diversas teorias ou explicações que determinada religião ou cultura deu à origem do universo e seus principais fenômenos.
O Big Bang
Como a ciência não prescinde de provas e demonstrações concretas, teria sido apenas um ensaio cosmogônico quando o padre e cosmólogo belga Georges Lemaître(1894-1966) sugeriu pela primeira vez que o universo teria tido um início repentino numa grande explosão - O Big Bang.
Entretanto em 1929 essa hipótese passou a ser plausível a partir das observações do feitas por Milton La Salle Humason no Monte Palomar, do fenômeno da degradação das linhas espectrais da luz (efeito Doppler) que sugeria que o todos os corpos celestes progressivamente se afastam uns dos outros, do que facilmente se conclui que, algum dia, há muito tempo atrás, todo o universo estivesse contido em um único ponto.
Traduzida em números, esta descoberta permitiu ao astrônomo Edwin Hubble deduzir uma progressão aritmética que mais tarde foi chamada de Constante de Hubble que até hoje é a régua cósmica utilizada para confirmar as teorias dos astrônomos e cosmólogos do mundo inteiro.
As diversas descobertas no campo da física atômica que se seguiram, que demonstram que quantidades titânicas de energia pudem não apenas transformar como criar matéria (E=mc²), ao par do estudo da história recente das galáxias, deram mais prestígio ainda à essa teoria agora famosa como a Teoria do Big Bang.
Essa teoria, revisada e corrigida, explica o surgimento do universo a partir do acúmulo de imensurável quantidade de energia em um único ponto, chamado de singularidade primordial que teria explodido, e nomomento da explosão teria originado não apenas toda a matéria de que se compõe o universo, como ainda teria originado o tempo, a gravitação universal, e as outras leis físicas até então inexistentes.
A origem da vida
Além da origem do universo físico, a cosmogonia ocupa-se também da origem da vida. Depois que a teoria de geração espontânea, que postulava que a formação de organismos podia ocorrer facilmente a partir da matéria inanimada, foi derrubada por Louis Pasteur, a ciência passou a questionar quais as condições excepcionais em que a vida poderia ter surgido, na Terra, como propõe a maioria dos pesquisadores atuais, ou fora dela, como defendem os adeptos da panspermia.

A questão do mito
Um mito é um relato em forma de narrativa com carácter explicativo e/ou simbólico, profundamente relacionado com uma dada cultura e/ou religião. O termo é, por vezes, utilizado de forma pejorativa para se referir às crenças comuns (consideradas sem fundamento objectivo ou científico, e vistas apenas como histórias de um universo puramente fantástico) de diversas comunidades. No entanto, até acontecimentos históricos se podem transformar em mitos, se adquirem uma determinada carga simbólica para uma dada cultura. Na maioria das vezes, o termo refere-se especificamente aos relatos das civilizações antigas que, organizados, constituem uma mitologia - por exemplo, a mitologia grega e a mitologia romana.
Todas as culturas têm seus mitos, alguns dos quais são expressões particulares de arquétipos comuns a toda a humanidade. Por exemplo, os mitos sobre a criação do mundo repetem alguns temas, como o ovo cósmico, ou o deus assassinado e esquartejado cujas partes vão formar tudo que existe.
Mito não é o mesmo que fábula, conto de fadas, lenda ou saga.
As várias visões religiosas
Até o iluminismo as pessoas mais esclarecidas das varias culturas eram os sacerdotes aos quais incumbia responder às indagações sobre a origem do universo e a causa dos fenômenos à volta do homens. Assim as diversas religiões construiram seus mitos para explicar a criação do mundo.
O mito sumério

Inicialmente transmitido oralmente, o mito sumério da criação constituiu um dos primeiros escritos da humanidade, vertido em caracteres cuneiformes no poema épico Enuma Elish que se disseminou por toda a Mesopotamia e daí, teria inflenciado outras cosmogonias consolidadas posteriormente, como a egípcia, a semita e até mesmo a romana por intermédio da helênica.
Nele a criação é representada como um processo de procriação a partir de Apsu elemento masculino das águas doces e Tiamat, elemento feminino que representa o oceano e o caos, que criaram em seis dias os seis deuses que representavam os principais fenômenos do universo. Estes deuses, por sua vez, criaram o restante do universo, iniciando por Marduk que, depois de derrotar Tiamat, criou a terra com as partes desmembradas de seu corpo e os homens com o seu sangue.
A explicação bíblica
A Tora e a Bíblia apresentam, nos versículos 1 a 19 do primeiro capítulo do livro de Gênesis, o relato da criação dos céus e da Terra atribuído a Javé (outro nome de Deus), o Deus único e omnipotente, que teria executado a obra em seis dias e descansado no sétimo, tornando-o sagrado. Hoje já existe entre algumas correntes teológica da fé cristã a ceitação de quê o mundo passou a existir por meio de um "Big Bang". Essa tese cientificista, neste caso, se coaduna com o texto torádico e bíblico: Haja luz! (Gênesis Cap.1:3.)
Teoria nipônica
A mitologia japonesa explica que no início, os deuses não estavam satisfeitos com a quantidade de comida fornecida no Universo. Então eles criaram esferas giratórias com gente para serví-los. Só que suas mulheres não deixaram dando força aos habitantes dos planetas e assim se iniciou uma guerra que foi tão intensa que foi daí que surgiu o Sol. Os deuses acabaram perdendo a arma que lhes dava a força e o poder para os terráqueos, que criaram tudo o que há na Terra, como árvores e frutos para poder ter condições de viver.
Os brâmanes
A visão bramânica do mundo e sua aplicação à vida estão descritas no livro do Manusmristi (Código de Manu), elaborado entre os anos 200 a.C. e 200 da era cristã, embora também contenha material muito mais antigo. Manu é o pai original da espécie humana. O livro trata inicialmente da criação do mundo e da ordem dos brâmanes; depois, do governo e de seus deveres, das leis, das castas, dos atos de expiação e, finalmente, da reencarnação e da redenção. Segundo as leis de Manu, os brâmanes são senhores de tudo que existe no mundo.
Visão islâmica
O Islâmismo partilha da mesma fonte cosmogônica dos judeus e cristãos, os escritos atribuídos ao profeta Moisés na Torá. Outros Livros passíveis de crédito islâmico são: os Salmos, o Evangelho, e O Corão que é o derradeiro e completo livro sagrado, constituindo a coletânea dos ensinamentos revelados por Deus ao profeta Maomé.
No budismo
A religião budista abstrai a existência de deus criador para se focar exclusivammente na busca do nirvana. Para essa religião, que se inicia com o despertar de Buda e não revolve outras áreas do conhecimento, o universo é simplesmente o que sempre foi "desde o tempo sem início".
Mito inuit
Os inuits explicam a Origem do Universo tal como a conhecem as culturas ocidentais e a ciência, apontando para o modelo de ordem cósmica. Estes mitos tem lugar em Tshishtashkamuku, a terra dos Mishtapeuat. Eles também acreditavam que o milho era um presente de seu deus, por isso comem muito milho.
Teoria espírita
O Espiritismo tende a concordar com as descobertas científicas abduzindo entretanto a interferência de Deus na engenharia da criação do Universo e mesmo na inspiração dos cientistas descobridores. "Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".[1
Cosmogênese se refere ao surgimento e evolução do cosmo. Já foram propostas diversas teorias que tentam explicar a origem do Universo, tanto no contexto científico (cosmologia e astrofísica), quanto por parte das religiões e na mitologia.
As primeiras tentativas do homem de explicar a origem do mundo foram os mitos. A mitologia grega, por exemplo, diz que no princípio havia o Caos, e em algum momento surgiu Erebus, o lugar desconhecido onde a morte mora, e Nix, a noite. Havia apenas silêncio e vazio. Então, Eros nasce produzindo um início de ordem, e se faz Luz e Dia, e a terra (Gaia) aparece. Erebus e Nix copulam e dão nascimento a Éter, a luz celestial, e Dia, a luz terrena. Gaia, por si só, gera Urano, o céu. Urano torna-se o esposo de Gaia e a cobre por todos os lados. Da união de Urano e Gaia surgem todas as criaturas, Titãs, Ciclopes e Hecatonquiros.
A ciência atual aceita a teoria do big bang. Segundo esta teoria, o Universo teria surgido de uma grande explosão há cerca de 12 bilhões de anos, quando então as primeiras estrelas e galáxias se formaram.
Na Bíblia, o livro do Gênesis narra a criação do mundo pelo Senhor Deus, começando pela criação do céu e da terra e a separação das águas, em seis dias, tendo no sétimo dia Deus descansado. Hoje, a teologia considera esta narrativa alegórica, abandonando seu sentido literal. A Igreja Católica Romana atualmente aceita a teoria científica do big bang.
Segundo a cabala, a tradição esotérica e mística do judaísmo, a criação do mundo e do Homem deu-se por emanações de um princípio chamado de Ain Soph. Estas emanações são chamadas de Sephiroth, em número de dez, e o seu conjunto forma a árvore da vida, que representa esotericamente o Homem Arquetípico, Homem Primordial, Adam Kadmon. O mundo material é representado na árvore da vida por sua base, que é associada a Adonai (veja: Tetragrammaton).
Na Teosofia, filosofia esotérica fundada por Helena Petrovna Blavatsky e outros, explica-se que o cosmo é emanado de um princípio que é chamado de Parabrahman, e que não é o deus criador das religiões monoteístas. Esta manifestação do cosmo ocorre de forma periódica, em um ciclo eterno, sem início nem fim.
Blavatsky descreve esta teoria em seu livro A Doutrina Secreta (1888) que, segundo ela própria, tem como inspiração pergaminhos muito antigos, chamados de Estâncias de Dzyan, os quais ela teria tido acesso e teria estudado. A cosmogênese da Teosofia tem suas raizes na filosofia oriental, particularmente o hinduismo e o budismo e influenciou as chamadas ciências ocultas.

Atomismo
No quinto século aC os filósofos Demócrito e Leucipo propuseram a Teoria Atomística da Matéria. Eles declaravam que tudo era feito não pelos 4 elementos, mas por ÁTOMOS, que seriam partículas minúsculas de cada substância.
Essa Teoria Atomística era muito diferente da concepção atômica científica atual. Átomo significa "Indivisível", o que o nosso Átomo não é. Segundo essa teoria, havia inúmeros tipos de átomos com formas diferentes, alguns eram redondos, outros cúbicos, piramidais, ou mesmo com encaixes complexos. Também propunha que existiam infinitos átomos e que estes eram indestrutíveis.
Os átomos da água seriam aredondados, de modo que não ficam presos uns aos outros, por isso a fluidez, já os átomos dos objetos sólidos seriam dotados de pequenas partes que se encaixavam uns nos outros, de modo que quanto mais seguros eram os encaixes, mais rígido era o material.
A Teoria Atomística também era diferente de tudo o que havia na época, ela preconizava que havia uma entidade fundamental imutável do Universo, o Átomo, mas ao mesmo tempo demonstrava por que tudo estava em constante mutação, pois os átomos tinham a propriedade de se unir e se soltar.
O mais peculiar na Teoria Atomística era sua concepção de natureza totalmente casual e aleatória. Segundo os atomistas, não havia nenhuma inteligência governando o Universo, tudo era obra do acaso. A própria criação do Universo era casual.
O Universo não passava de um imenso espaço vazio totalmente preenchido pelos mais diversos tipos de átomos que vivam a se mover e ocasionalmente se chocar uns nos outros, alguns então se encaixavam aleatóriamente, de modo que o surgimento do Mundo era uma obra de puro acaso e sem qualquer propósito, porém uma vez criado uma estrutura básica, o primeiros seres vivos por exemplo, esse seres passavam então a interferir intencionalmente, contribuindo para a construção do mundo.
Segundo os atomistas, havia infinitos mundos em todo os Universo sendo criados ou destruídos, assim como o nosso mundo um dia iria se desfazer. Como o Universo era Eterno, as possibilidades eram então infinitas.
Dessa forma, o Atomismo foi muito provavelmente a primeira linha de pensamento da história a propor uma criação por obra do puro acaso, sem qualquer divindade ou Logos. Propunha também que a alma era formada por átomos que circundam o corpo, mas que com o fim do corpo, também era desfeito, e dessa forma o Atomismo também pregava a não continuidade da existência após a morte.
Foi a primeira forma de pensamento Materialista e Niilista, mas curiosamente, apesar da diferenças de conceitos do Átomo de Demócrito e de Leucipo para o Átomo atual, eles anteciparam algumas da descobertas modernas.